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Chanceler da Argentina renuncia dias antes de eleição legislativa

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, comunicou sua renúncia, conforme informado pelo gabinete presidencial argentino nesta quarta-feira (22). Esta é a segunda mudança nesta posição durante quase dois anos de governo do presidente Javier Milei.
A razão da renúncia de Werthein ainda não foi esclarecida, tampouco há confirmação sobre quem assumirá o importante cargo diplomático do país sul-americano. Antes, Werthein havia servido como embaixador na Estados Unidos.
O anúncio veio poucos dias antes das eleições legislativas previstas para domingo, nas quais o partido libertário de Milei busca ampliar sua representação no Congresso para fortalecer sua estratégia de cortes profundos nos gastos públicos e políticas de austeridade destinadas a melhorar a situação econômica da Argentina.
Conforme reportou o jornal local La Nación, a saída de Werthein era esperada após a votação, mas sua renúncia foi antecipada para a noite de terça-feira.
Werthein esteve no cargo por quase um ano, sucedendo a primeira ministra das Relações Exteriores do governo Milei, Diana Mondino, que foi demitida após votar a favor do fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba nas Nações Unidas.
A renúncia ocorre em um momento sensível para Milei, cuja popularidade tem sofrido devido à insatisfação popular com os cortes, especialmente entre idosos e pessoas com deficiência, além de um recente escândalo de corrupção governamental.
Esta semana, Milei havia anunciado mudanças no gabinete posteriores às eleições de meio de mandato, que serão observadas de perto, principalmente após Washington indicar que sua ajuda financeira à Argentina poderá depender dos resultados eleitorais.
O Tesouro dos Estados Unidos aprovou uma linha de swap cambial no valor de US$ 20 bilhões com a Argentina e está negociando uma linha adicional de US$ 20 bilhões com bancos e fundos de investimento.

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