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Chefe da PF solicita apoio financeiro e causa discussão na Câmara

Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, gerou um desentendimento nesta quarta-feira durante sessão na Câmara dos Deputados. Ao participar da Comissão de Segurança Pública, o comandante da PF aproveitou para solicitar aos deputados que direcionem recursos financeiros para a corporação que lidera. O pedido foi recebido com ironia por membros da oposição, desencadeando um debate acalorado entre os presentes.
– Aproveito o momento para solicitar o apoio dos parlamentares com emendas financeiras para nossa instituição, que necessita desse suporte. Agradeço sinceramente a oportunidade de abordar esse assunto. Os recursos de todos os deputados são muito bem-vindos – afirmou Andrei.
Logo após, Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da comissão, ironizou dizendo que Marcel Van Hattem (Novo-RS) destinaria R$ 25 milhões para a PF. Em resposta, o deputado do Novo declarou que só faria isso se a PF fosse administrada por pessoas confiáveis.
A discussão continuou quando o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou as declarações dos deputados Van Hattem e Bilynskyj, porém o presidente da comissão não permitiu que o petista interviesse na fala do colega do Novo.
Van Hattem tem intensificado críticas a Andrei desde o ano anterior, após ser indiciado pela PF devido a críticas feitas a delegados. O diretor respondeu dizendo que fora convidado para um diálogo construtivo e comentou sobre o indiciamento.
– A lei será seguida em todos os casos. A polícia é supervisionada externamente, e quem decide ao final é o Poder Judiciário, não eu e nem Vossa Excelência – ressaltou Andrei.
Durante o encontro, o diretor também falou sobre uma operação que investigou o deputado Junior Mano (PSB-CE), suspeito de desviar verbas públicas por meio de fraudes em licitações e contratos, supostamente financiadas com emendas parlamentares indicadas pelo parlamentar, que nega as acusações. Andrei garantiu que essas ações são imparciais e não possuem motivação política.
– Realizamos ontem uma busca e apreensão aqui na Câmara contra um parlamentar aliado do governo, assim como já fizemos diversas outras operações contra investigados sem qualquer ligação política. Para nós, essas situações são totalmente neutras – concluiu Andrei.

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