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Chefe do Hezbollah não aceita entregar armas antes de diálogo do Líbano com EUA

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O Chefe do Hezbollah, Naim Qasem, reafirmou nesta segunda-feira (25) a negativa do grupo em entregar seu armamento antes do início das conversas entre o governo libanês e representantes dos Estados Unidos.

“Não vamos abrir mão das armas que nos defendem dos ataques”, declarou Qasem em mensagem transmitida pela televisão.

“Essas armas representam nossa essência, nossa dignidade, nossa terra e o futuro de nossos filhos”, declarou o líder do grupo xiita, apoiado pelo Irã.

“Quem tentar tirar nossas armas estará tentando tirar nossa própria alma”, acrescentou.

Pressionado pelos Estados Unidos e temendo uma possível intensificação das operações militares de Israel, o governo do Líbano solicitou ao Exército a elaboração de um plano para desarmar o Hezbollah até o final do ano.

O Hezbollah é o único grupo que manteve seu armamento após o fim da guerra civil libanesa (1975-1990), justificando a sua existência como uma força de resistência contra Israel, e tem consistentemente rejeitado a decisão do governo libanês de desarmar a milícia.

Essa decisão de desarmamento veio após o enfraquecimento significativo do Hezbollah durante o conflito com Israel em 2024.

Qasem pediu ao governo libanês que revise a medida, alegando que ela foi imposta “sob pressão dos Estados Unidos e de Israel” e acusou Washington de tentar desestabilizar o Líbano.

Os representantes americanos Thomas Barrack e Morgan Ortagus devem se reunir com autoridades libanesas na terça-feira.

O Líbano espera de Israel uma proposta americana que inclua uma agenda detalhada e mecanismos para o desmantelamento do arsenal do Hezbollah, assim como a retirada das tropas israelenses das áreas ocupadas durante o recente conflito.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou nesta segunda-feira que Israel está disposto a apoiar o esforço libanês de desarmar o Hezbollah e ofereceu uma retirada gradual das tropas, caso o governo libanês siga com seus planos.

O Hezbollah afirma que Israel deve primeiro se retirar do território libanês, cessar ataques no país, liberar os prisioneiros libaneses capturados durante os combates e facilitar a reconstrução antes de qualquer discussão sobre seu armamento.

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