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Chefe do Pentágono que pausou armas à Ucrânia foca atenção na China

Elbridge Colby, principal autoridade do Pentágono em assuntos políticos, está direcionando as forças armadas dos EUA para se concentrarem no enfrentamento da China. Essa prioridade o colocou no centro da decisão repentina do governo do presidente Donald Trump de interromper temporariamente o envio de armas para a Ucrânia.
Colby, neto de um ex-diretor da CIA, enviou um memorando ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, no início de junho, destacando que os pedidos ucranianos por armamentos poderiam esgotar ainda mais os limitados estoques do Pentágono.
O documento não continha recomendações específicas, mas foi utilizado como um instrumento para avaliar o impacto das entregas de armas nas reservas militares dos EUA. Apesar disso, fontes governamentais e membros do Congresso consideram que esse memorando foi crucial na decisão de suspender parte dos envios para Kiev, medida depois revertida por Trump.
Essa situação evidencia o empenho de Colby em cumprir a estratégia de fortalecer a presença militar americana no Pacífico Ocidental. Seus apoiadores afirmam que ele está comprometido com essa prioridade, mesmo diante das múltiplas frentes de atuação militar americana, incluindo operações no Oriente Médio e apoio contínuo à Ucrânia.
Colby não concedeu entrevistas para comentar suas posições sobre o apoio à Ucrânia ou sobre a necessidade de intensificação dos esforços militares dos aliados dos EUA na Ásia e na Europa. No entanto, ele expressou em redes sociais sua determinação em continuar incentivando os parceiros internacionais a aumentarem seus investimentos em defesa, mesmo que algumas dessas conversas sejam difíceis de serem aceitas.
Parte desse esforço inclui pressionar Japão e Austrália a esclarecerem quais respostas militares estariam dispostos a adotar caso a China agisse contra Taiwan. Essa postura surpreendeu algumas autoridades, pois a política tradicional dos EUA tem sido a de ambiguidade estratégica sobre os possíveis desdobramentos militares em Taiwan, sem declarações explícitas sobre intervenções.
Essa abordagem de reafirmar a presença militar americana na Ásia, apesar das diversas pressões globais e regionais, demonstra a visão de Colby sobre a importância de priorizar o desafio chinês no cenário de segurança internacional.

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