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China e EUA encerram primeira rodada de negociações comerciais na Suécia

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As delegações da China e dos Estados Unidos finalizaram em Estocolmo nesta segunda-feira (28) o primeiro dia de uma nova sequência de negociações sobre tarifas entre os dois países, podendo resultar na ampliação da pausa tarifária acordada em maio.

Esta terceira rodada de conversações entre as duas maiores potências econômicas mundiais acontece dias antes do prazo estabelecido por Donald Trump, em 1º de agosto, para evitar o aumento das tarifas por parceiros comerciais.

As reuniões foram realizadas no edifício Rosenbad, sede do gabinete do primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, e finalizaram por volta das 19h50 no horário local (14h50 em Brasília), com retomada prevista para terça-feira, conforme informado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Não foram divulgados detalhes das discussões ocorridas no primeiro dia.

Antes do encontro, a China afirmou buscar “respeito mútuo e reciprocidade” durante as negociações.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, declarou: “Espera-se que a parte americana, junto com a China […] reduza os mal-entendidos, fortaleça a cooperação e promova o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações entre China e Estados Unidos.”

O tema é crucial: aumentos tarifários de 10% a 50% foram anunciados para produtos brasileiros, enquanto México e Canadá enfrentam acréscimos de 30% e 35%, respectivamente.

Se implementadas, essas tarifas elevariam as médias aplicadas aos produtos importados pelos EUA, que atingiriam os níveis mais altos desde os anos 1930, segundo o centro de pesquisas Budget Lab da Universidade de Yale.

As tensões tarifárias cresceram desde abril, com aumentos de 125% para produtos americanos na China e 145% para produtos chineses nos EUA, depois reduzidos em reuniões em Genebra e Londres.

Apesar do impacto nos mercados financeiros e receios de recessão, a situação se estabilizou parcialmente, beneficiando a China.

Produtos chineses continuam sujeitos a acréscimos de 30% sobre tributos vigentes anteriores a 1º de janeiro, mas não são esperadas surpresas desagradáveis, o que é positivo para os fabricantes chineses.

As negociações visam ampliar a suspensão de 90 dias acordada em maio e devem ter sucesso, conforme o jornal South China Morning Post.

Emily Benson, chefe de estratégia da Minerva Technology Futures, avaliou que a estratégia americana mudou significativamente desde as negociações em Londres, focando agora no que pode ser alcançado e em evitar escaladas nas tensões.

Por ora, progressos são tímidos, com avanços em temas importantes para ambos os lados.

Os EUA afrouxaram restrições às exportações chinesas de terras raras e restabeleceram parcialmente o acesso a semicondutores americanos de alta performance para a China.

Uma extensão da trégua indicaria disposição mútua para continuar as conversas, segundo o pesquisador Thibault Denamiel, do CSIS em Washington.

Espera-se um próximo encontro entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping.

Outras nações enfrentam desafios. O Brasil, ameaçado por Trump devido a questões internas, e o México, que luta para atender demandas americanas no combate ao tráfico de fentanil, enfrentam dificuldades.

Negociações com Coreia do Sul, Taiwan e Índia ainda não produziram resultados.

Após reunião na Escócia com a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump anunciou acordo tarifário de 15% e compromisso de investimento adicional de 600 bilhões de dólares nos EUA, sem definir datas.

Indonésia, Japão, Filipinas, Reino Unido e Vietnã firmaram acordos com Washington, com aumentos tarifários de 15% a 20%.

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