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China finaliza radiotelescópio para buscar vida extraterrestre
Com 500 metros de diâmetro, o equipamento será o maior do mundo. As atividades devem começar em setembro deste ano
A construção do maior radiotelescópio do mundo para a busca de vida extraterrestre terminou nesta semana, na China. O último dos 4.450 painéis que formam a concha de 500 metros de diâmetro do Five Hundred Meter Aperture Spherical Telescope (FAST, na sigla em inglês) foi colocado neste domingo, informou a agência estatal de notícias Xinhua. O funcionamento do gigantesco equipamento está previsto para setembro.
Localizado em uma região rural da província chinesa de Guizhou, no Sudoeste do país, o FAST tem o objetivo de vasculhar galáxias distantes para verificar a existência de elementos químicos que deem indícios de vida fora da Terra, bem como pulsares distantes (estrelas de nêutrons altamente magnetizadas). Mas, por seu tamanho, o radiotelescópio também será capaz de detectar ondas gravitacionais de baixa frequência.
A construção do novo equipamento foi feito em uma região propícia a pesquisas astronômicas, pois o relevo de Guizhou protege o radiotelescópio de perturbações eletromagnéticas. Além disso, em fevereiro deste ano, as autoridades locais deslocaram 9.000 pessoas que viviam em um raio de cinco quilômetros de distância do radiotelescópio, para preservar a estabilidade ambiental das ondas eletromagnéticas do aparelho.
Feito em tempo recorde, cinco anos, o FAST custou 180 milhões de dólares (cerca de 600 milhões de reais) e deve entrar em fase de testes nos próximos meses. Assim que começar a funcionar, o radiotelescópio chinês deve tomar o lugar do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, hoje considerado o maior radiotelescópio em atividade, com seus 305 metros de diâmetro.
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