Economia
China libera exportação de três metais raros para os EUA
China anunciou neste domingo (9) que suspendeu a proibição da exportação de três metais raros — gálio, antimônio e germânio — para os Estados Unidos, marcando um novo momento de amenização nas relações entre os dois países.
As medidas restritivas, que haviam sido implementadas em dezembro de 2024, afetavam produtos chamados de “uso duplo”, que podem ter aplicações civis e militares.
O Ministério do Comércio chinês comunicou que a suspensão da proibição é válida até 27 de novembro de 2026. Esta decisão confirma um anúncio recente feito pela Casa Branca.
Essa ação indica um gesto de boa vontade da parte de Pequim após a reunião entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, em 30 de outubro na Coreia do Sul, que ajudou a aliviar tensões que impactavam a economia global.
O veto original proibia a exportação para os EUA de produtos de uso duplo ligados a gálio, germânio, antimônio e materiais superduros.
O Ministério do Comércio não detalhou se haverá emissão de autorizações para exportação, nem o prazo ou volume que será permitido.
Estes metais são fundamentais para a indústria moderna, e sua restrição havia exacerbado a disputa entre China e Estados Unidos pela supremacia tecnológica mundial.
Usos industriais dos metais
A China é um dos principais produtores desses metais, que são diferentes das chamadas terras raras, outro grupo crucial para diversos setores.
O gálio é muito usado em circuitos integrados, LEDs e painéis solares, sendo considerado pela União Europeia como um recurso estratégico.
O germânio é essencial para fibras ópticas e dispositivos de infravermelho, enquanto o antimônio é empregado em semicondutores, baterias e retardantes de chama.
Além disso, o Ministério do Comércio anunciou uma flexibilização nas restrições para produtos relacionados ao grafite, outro material com aplicações em uso duplo.
Contexto das relações comerciais
As decisões chinesas fazem parte de um esforço maior para reduzir as tensões comerciais com os Estados Unidos após a reunião entre os líderes dos dois países.
Na quarta-feira anterior, a China prorrogou por um ano a suspensão parcial das tarifas impostas sobre produtos americanos durante a guerra comercial, mantendo as taxas atuais em 10%.
O governo chinês também informou que deixará de cobrar tarifas extras aplicadas desde março sobre o óleo de soja e outros produtos agrícolas americanos, setores importantes para a base eleitoral do presidente norte-americano.
Recentemente, o presidente Donald Trump anunciou que a China concordou em suspender por um ano as restrições de outubro relacionadas à exportação de tecnologias associadas às terras raras, vitais para defesa, indústria automotiva e eletrônica.

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