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Chineses lideram grande polo industrial e tecnológico no Entorno

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Cinco empresas chinesas planejam investir em Águas Lindas de Goiás para a criação de um polo industrial e tecnológico, com conclusão prevista para 2027. O projeto prevê a geração de 2 mil empregos diretos e mais de 10 mil indiretos, somando um investimento estimado em R$ 2 bilhões, mas está atualmente parado devido a uma disputa judicial envolvendo uma fazenda na região.

Atualmente, essas empresas chinesas produzem diversos produtos, como triciclos elétricos pela Hainan Meitu; relógios de monitoramento eletrônico com sensores vitais e bombas industriais de minério pela ZR Pump; painéis de LED pela Shenzhen Lumen Lighting; além de soluções de automação industrial pela Easefuture Technology.

Conheça as empresas chinesas envolvidas

  • Hainan Meitu New Energy Vehicles: pretende instalar uma fábrica em Águas Lindas, montando localmente triciclos elétricos e importando inicialmente produtos acabados. Apresentou um relógio eletrônico de monitoramento para substituir tornozeleiras eletrônicas, com sensores vitais, câmera e canal direto para secretarias de segurança e polícias.
  • Grupo Zhongnan High-tech: fundado em 2014, especialista em criação de parques e cidades industriais. Desenvolveu projetos industriais avançados na China e mantém parcerias com universidades como a Universidade Jiao Tong de Xangai para modernizar fábricas e gerar empregos.
  • ZR Pump: fabrica bombas industriais resistentes ao desgaste e corrosão, participando de projetos internacionais como o megaprojeto de minério de ferro Hope Downs na Austrália Ocidental. Atua globalmente com soluções personalizadas para indústrias e mineradoras.
  • Easefuture Technology: especializada em fábricas inteligentes e automação industrial, trazendo processos de produção com inteligência artificial para o polo em Goiás.
  • Shenzhen Lumen Lighting: produz painéis de LED e componentes para energia renovável, contribuindo com tecnologia de iluminação eficiente e soluções sustentáveis para indústrias e cidades.

Impasse judicial trava projeto

Apesar do potencial do polo industrial, sua construção está suspensa devido a um conflito judicial entre a prefeitura de Águas Lindas de Goiás e uma família proprietária da fazenda onde o polo seria instalado. Agnaldo Alves, caseiro da fazenda Cachoeira Saltador, relata dificuldades desde que a prefeitura derrubou a caixa d’água e desligou a energia elétrica do local, onde cuida do gado e do terreno há décadas.

As desapropriações necessárias para o avanço do projeto ainda não foram concluídas, com a prefeitura e os proprietários sem acordo e com o processo tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um valor depositado pela prefeitura foi considerado insuficiente pela Justiça, mantendo o imbróglio.

Advogados da família Simonassi, dona das terras, apontam que o município não previu em seu orçamento os recursos essenciais para as desapropriações conforme exigido por lei.

Posição da prefeitura

A Prefeitura de Águas Lindas de Goiás informou que o terreno foi desapropriado regularmente e dentro da lei. Destacou que uma nova proposta de acordo foi apresentada e que o caso está sendo mediado pela Justiça, com expectativa de um acordo amigável próximo entre o município e os proprietários.

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