Chuva e rajadas de vento de 50 km/h causam estragos no DF na madrugada

Perto do Palácio da Alvorada, diversos pinheiros caíram e bloquearam a passagem dos carros. Na Asa Norte, a 411 estava sem luz. Uma árvore caiu em cima de um carro. Os bombeiros foram chamados para retirar o tronco. No Lago Norte, fora as árvores caídas em vários pontos, houve também queda de fios de alta tensão.

No Setor de Clubes Sul, a entrada de condomínios ficou obstruída. Bombeiros não puderam retirar árvores que caíram por causa do risco causado pela corrente de energia local.

Os temporais são formados devido a uma área de baixa pressão que atinge a região Centro-Oeste. “Isso favorece a formação de muitas áreas de instabilidade, joga o ar quente e úmido da superfície para cima e favorece a formação das Cumulonimbus, as nuvens de temporais”, informou o meteorologista César Soares.

De acordo com o Climatempo, uma rajada de vento de 50 km/h é considerada forte. “Já consegue provocar estragos pequenos em telhados e até mesmo a queda de algumas árvores que estejam comprometidas.”

Segundo César Soares, foram detectadas apenas rajadas de vento nesta velocidade. Se fosse um fenômeno “sustentado”, no entanto, ventos de 50 km/h podem ser considerados ciclones.

Com relação ao volume de chuva, foram aproximadamente 24 mm em menos de uma hora na madrugada – entre 1h e 2h da madrugada. “Comparando com a média do mês que é de 231mm, isso equivale a cerca de 10% do normal para o mês, em menos de uma hora”, declarou César Soares.

A CEB afirma que foram registradas ocorrências de falta de energia em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. As localidades mais afetadas foram o Lago Norte e Asa Norte.

Às 8h da manhã desta quarta, havia 1.421 serviços a serem a realizados em todo o DF. Não há previsão de horário para que todos os serviços sejam realizados devido à greve dos empregados da CEB, deflagrada na última segunda-feira.

“Informamos, por oportuno, que a CEB ofereceu aos seus empregados recomposição salarial de 100% das perdas inflacionárias do período além da manutenção de todas as cláusulas atuais do Acordo Coletivo de Trabalho, inclusive os benefícios sociais históricos da categoria como auxilio creche, auxílio babá, vale alimentação.”

No entanto, a proposta foi rejeitada pela categoria, que pede reajuste de R$ 1,2 mil para todos os empregados. Segundo o sindicato – que adiantou que não vai suspender a greve por causa da chuva – , o objetivo é recompor “perda de massa salarial”, incluindo o poder de compra dos últimos quatro anos. De acordo com a CEB, isso representa oito vezes mais que a inflação do período.