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Cidades italianas fazem greves e protestos contra ação israelense em Gaza

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Diversas cidades na Itália foram palco de protestos, greves e bloqueios nesta segunda-feira (22), organizados por sindicatos, para condenar o que chamam de genocídio em Gaza e pedir sanções econômicas e diplomáticas contra Israel.

Essa mobilização ocorre no mesmo dia em que vários países pretendem reconhecer oficialmente o Estado da Palestina na ONU, seguindo os passos do Reino Unido, Austrália e Canadá, que o fizeram no domingo. No entanto, a Itália, governada por uma coalizão ultraconservadora liderada por Giorgia Meloni, ainda não tomou essa decisão.

Em Roma, centenas de estudantes do ensino médio se reuniram na frente da estação Termini, carregando bandeiras palestinas e gritando slogans como “Palestina livre!”.

Michelangelo, de 17 anos, afirmou à AFP que veio protestar para apoiar uma população que está sendo exterminada.

Federica Casino, uma trabalhadora de 52 anos, declarou: “Toda a Itália precisa parar hoje”, referindo-se às crianças mortas e aos hospitais destruídos em Gaza. Ela criticou veementemente o governo italiano dizendo: “A Itália fala, mas não age”.

Em Milão, no norte do país, confrontos intensos ocorreram entre a polícia e manifestantes perto da estação central, com lançamentos de pedras e até cadeiras. Vários manifestantes chegaram a invadir a estação antes de serem dispersados pelas forças policiais.

Em Bolonha, mais de 10.000 pessoas foram para as ruas, e um grupo bloqueou uma estrada, sendo depois dispersado com o uso de canhões d’água.

Protestos também aconteceram em Turim, Florença, Nápoles, Bari e Palermo. Nas cidades portuárias de Gênova e Livorno, estivadores bloquearam parcialmente os portos.

O sindicato USB convocou uma paralisação nacional de 24 horas para exigir que o governo italiano corte relações com Israel em solidariedade ao povo palestino. Em Roma, muitos ônibus não estavam operando normalmente.

Uma pesquisa recente do Only Numbers indicou que 63,8% dos italianos consideram a crise humanitária em Gaza extremamente grave, e 40,6% apoiam o reconhecimento do Estado da Palestina.

O conflito atual em Gaza começou após um ataque do grupo islamista Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.219 pessoas, principalmente civis, segundo dados oficiais. Como resposta, Israel lançou uma operação militar em Gaza que já matou pelo menos 65.000 pessoas, a maioria civis, conforme informações do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, dados aceitos como confiáveis pela ONU.

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