Ciro Nogueira quer saída rápida do governo Lula após união de partidos

Após a criação da federação União Progressista, unindo União Brasil e Progressistas (PP), o presidente do PP, Ciro Nogueira, expressou na terça-feira, dia 19, o desejo de que o partido deixe o governo Lula o quanto antes. Ainda não há consenso dentro do grupo sobre essa decisão.

Ciro Nogueira comentou que é desconfortável ter membros do partido em cargos no governo e que isso deveria ser proibido, mas ressaltou que a decisão deve ser tomada conjuntamente pelos dois partidos. Ele lamentou a entrada do ministro do Esporte, André Fufuca, no governo.

André Fufuca, por sua vez, evitou comentar sobre pressões para deixar o cargo e afirmou seu apoio ao presidente Lula: “Meu voto é pessoalmente dele”.

Também participou do evento o ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil, que destacou que muitos membros do partido apoiam os avanços do governo Lula. Ele reforçou que qualquer decisão sobre a saída do governo será tomada coletivamente, em reuniões com as instâncias dirigentas do partido.

Além de Fufuca e Sabino, a federação conta com os ministros Waldez Góes e Frederico de Siqueira, indicados pelo União Brasil, embora alguns vejam essas nomeações como influências pessoais do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Davi Alcolumbre adotou um tom mais conciliador, afirmando que a União Progressista não é nem governo nem oposição, mas sim um movimento político focado no futuro do país.

O evento também contou com críticas para que os partidos saiam do governo, como a feita pelo governador de Goiás e pré-candidato à presidência, Ronaldo Caiado, que defende posições claras e definição política para o partido.

A federação União Progressista terá a maior representação no Congresso, com 109 deputados e 15 senadores, além de sete governadores e 1.383 prefeitos eleitos para 2024. Controlará a maior parte do fundo eleitoral, de R$ 953,8 milhões, e do fundo partidário, de R$ 197,6 milhões.