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Cobertura da violência policial nos EUA dá Pulitzer ao ‘Washington Post’

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Fotógrafo brasileiro e colegas ganham prêmio por cobertura sobre refugiados. Prêmio administrado pela Universidade de Columbia chega à 100ª edição.

 Manifestantes caminham pela Pennsylvania Avenue, perto do Capitólio, em Washington, no sábado (13), para protestar contra a violência policial contra os negros nos EUA  (Foto: AP Photo/Jose Luis Magana)

Manifestantes caminham pela Pennsylvania Avenue, perto do Capitólio, em Washington, para protestar contra a violência policial contra os negros nos EUA (Foto: AP Photo/Jose Luis Magana)

O jornal “The Washington Post” conquistou segunda-feira (18) o Prêmio Pulitzer de melhor trabalho de jornalismo nacional por sua cobertura da violência policial nos Estados Unidos, um assunto que ganhou grande repercussão no país pelas recentes mortes de negros por agentes de segurança.

O prêmio é administrado pela Universidade de Columbia, em Nova York, e neste ano chegou à sua 100ª edição.

Do trabalho da redação do “Washington Post”, o Conselho do Pulitzer destacou a “reveladora iniciativa de criar um registro nacional para ilustrar como frequentemente os policiais disparam para matar e quem são as vítimas mais frequentes”.

Na página “Fatal Force” (Força Fatal), o Post registrou que 990 pessoas morreram após terem sido atingidas por tiros disparados por policiais no ano passado.

O “L.A Times” recebeu a melhor cobertura de notícias de última hora pelo trabalho sobre o massacre de San Bernardino.

Na categoria fotografia noticiosa, o fotógrafo brasileiro Mauricio Lima, do jornal “The New York Times”, venceu, junto com os companheiros Sergey Ponomarev, Tyler Hicks e Daniel Etter,  pela cobertura realizada sobre a crise de refugiados.

O prêmio foi dividido com a equipe de fotografia da “Reuters”, também pelo trabalho sobre o problema da imigração na Europa.

‘Tampa Bay Times’
O “Tampa Bay Times” recebeu dois dos principais prêmios. Apesar de ser um jornal de âmbito regional, essa não foi a primeira vez que a publicação foi lembrada pelo principal prêmio do jornalismo americano, criada em 1917, já que possui outros troféus por suas histórias investigativas.

O “Tampa Bay Times” levou o prêmio de melhor jornalismo de investigação por sua cobertura da violência nas instituições mentais da Flórida, junto com o “Sarasota-Herald Tribune”, mas também foi escolhido como o melhor jornalismo local, por suas matérias sobre as escolas públicas fracassadas no estado.

Por outro lado, e pela primeira vez no caso de uma publicação semanal, a revista “New Yorker” obteve o prêmio de grande reportagem por um artigo sobre meio ambiente de Kathryn Schulz; e o de crítica, para a especialista em televisão, Emily Nussbaum.

O “The New York Times” também ficou com o prêmio de melhor cobertura internacional, pelas matérias que mostram a crueldade vivida pelas mulheres no Afeganistão.

Na categoria de serviço público, a premiada foi a “Associated Press” e sua investigação sobre as condições de escravidão dos funcionários responsáveis por fornecer peixes e mariscos às grandes redes de supermercado, caso que foi levado à Justiça.

Outros prêmios
Além do jornalismo, o Pulitzer premiou na categoria musical “In for a Penny, In for a Pound”, de Henry Threadgill, a poesia de Peter Balakian, o livro de não ficção de Joby Warrick, “Black Flags: The Rise of ISIS”, sobre o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), e o livro de ficção “The Sympathizer”, de Viet Thanh Nguyen.

Na categoria drama, o prêmio foi para o musical de moda em exibição na Broadway “Hamilton”, de Liz-Manuel Miranda.

“Custer’s Trials: A Life on the Frontier of a New America”, de T.J. Stiles, recebeu Pulitzer o melhor livro histórico, e “Barbarian Days: A Surfing Life”, de William Finnegan, como melhor biografia.

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