Colômbia alcança maior produção de café em mais de três décadas

A Colômbia, conhecida globalmente como uma das maiores produtoras de café, alcançou sua maior produção anual em 33 anos, conforme anunciado pelo sindicato dos cafeicultores nesta terça-feira (7).

O cultivo de café tem um papel fundamental na economia do país, que viu um crescimento de 1,7% no último ano, impulsionado especialmente pelo bom desempenho do setor cafeeiro devido aos altos preços internacionais.

Nas áreas onde o café é cultivado, os produtores experimentam uma fase próspera, o que lhes permite investir em melhorias na infraestrutura e na tecnologia agrícola.

No ciclo de produção compreendido entre outubro de 2024 e setembro do ano passado, a Colômbia registrou a colheita de 14,8 milhões de sacas de 60 kg, segundo dados do sindicato.

Este número representa um recorde em mais de três décadas e corresponde a um aumento de 17% em relação ao período anterior, destacou a Federação Nacional de Cafeicultores (FNC) em comunicado oficial.

O crescimento na produção é atribuído a aprimoramentos nos métodos de colheita, ao uso de fertilizantes mais eficazes e ao cultivo de variedades de café mais adaptadas às mudanças climáticas.

Do total produzido, 13,3 milhões de sacas foram destinadas à exportação — um crescimento de 12% em comparação com o recorde anterior.

A Colômbia ocupa o terceiro lugar mundial na produção de café, ficando atrás apenas do Brasil — que enfrenta uma tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos desde agosto — e do Vietnã.

O presidente do sindicato dos cafeicultores colombianos, Germán Bahamón, alertou que a produção do próximo ano pode ser menor devido às condições climáticas adversas e ao declínio natural das plantas.

Reconhecido mundialmente pela qualidade superior, o café suave da Colômbia figura entre os principais produtos de exportação do país, ao lado do petróleo e da mineração.

A cultura do café está presente em mais de 600 municípios, sustentando aproximadamente 550 mil famílias, embora a área plantada esteja em declínio desde 2019.