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Colômbia denuncia bloqueio israelense à posse de embaixador nos territórios palestinos
O embaixador escolhido pelo presidente colombiano Gustavo Petro para representar a Colômbia nos Territórios Palestinos revelou nesta quinta-feira (11) que não conseguiu assumir seu posto devido à proibição de Israel para sua entrada na Cisjordânia, onde Bogotá planejava estabelecer uma missão diplomática.
Em maio, o presidente Petro nomeou o político Jorge Iván Ospina como o primeiro diplomata colombiano “perante o governo do Estado da Palestina”, em meio a críticas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pela ação militar na Faixa de Gaza.
A intenção era criar a sede diplomática em Ramallah, na Cisjordânia, região sob ocupação israelense.
No entanto, Ospina declarou que, após inúmeras tentativas durante meses, o governo de Netanyahu “impediu de forma definitiva” sua instalação no cargo, sem especificar os motivos do bloqueio.
Ele classificou essa atitude como “uma medida arbitrária que demonstra desconhecimento dos Acordos de Oslo” em sua conta na rede social X.
O ministério das Relações Exteriores da Colômbia não ofereceu respostas sobre o veto alegado pela AFP.
Ospina ressaltou que o prazo legal para tomar posse expirou, resultando na retirada de seu nome.
A Colômbia cortou suas relações diplomáticas com Israel, suspendeu exportações de carvão ao país e paralisou compras de armamento israelense.
Petro, que criticou duramente a ofensiva de Netanyahu, chegando a qualificá-lo como “genocida”, apoiou o acordo de cessar-fogo firmado em 10 de outubro entre Israel e o grupo Hamas.
O governo de Israel considerou as críticas do presidente colombiano como manifestações antissemitas.


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