Colômbia escolhe candidata pró-Trump para disputar presidência e pressionar Maduro

O principal partido de oposição da Colômbia anunciou nesta segunda-feira (15) a candidatura de uma senadora que apoia Donald Trump para as eleições presidenciais de 2026, com o objetivo de suceder o presidente Gustavo Petro. A congressista Paloma Valencia será a representante do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente influente Álvaro Uribe, em um cenário de movimentação militar dos Estados Unidos próxima à Venezuela.

Em setembro, quando Trump autorizou operações contra o tráfico de drogas, Valencia declarou em suas redes sociais que a saída de Maduro seria o passo inicial para a liberdade da América Latina. Ela defende valores conservadores e uma política rigorosa contra grupos armados ilegais. Em um discurso público em Bogotá, ressaltou a necessidade de mão firme contra o crime e o narcotráfico, destacando a importância da luta no maior país produtor de cocaína do planeta.

Se eleita a primeira presidente da Colômbia, Valencia pretende colaborar com líderes opositores venezuelanos como Edmundo González e a Nobel da Paz María Corina Machado. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, mantém vínculo próximo com dirigentes do Centro Democrático, que apoiam as recentes ações de Washington contra o governo Petro, incluindo sanções econômicas por supostamente tolerar o narcotráfico.

Trump tem incentivado eleitores em outros países a favorecer candidatos de direita, como o presidente Javier Milei na Argentina, o candidato Nasry Asfura em Honduras e o presidente eleito do Chile, José Antonio Kast.

Valencia é neta do ex-presidente conservador Guillermo León Valencia (1962-1966) e se identifica como uma das mais dedicadas apoiadoras de Uribe, que governou entre 2002 e 2010. O ex-presidente, apesar dos 73 anos, continua influente na direita colombiana e teve sua condenação por suborno e fraude anulada, fortalecendo sua participação nas eleições.

Esta campanha também foi marcada pelo assassinato do senador Miguel Uribe, um dos concorrentes dentro do Centro Democrático. O político, que não era parente do ex-presidente, foi atacado durante um evento público em Bogotá e faleceu após dois meses no hospital.