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Colômbia faz apreensão recorde de 13,3 toneladas de cocaína
A polícia colombiana informou nesta quinta-feira ter apreendido 13.398 quilos de cocaína no departamento de Antioquia (noroeste) pertencente ao cartel Clã do Golfo, o maior grupo criminoso do país, quase uma tonelada e meia a mais do que havia sido inicialmente informado.
“Finalmente, foram apreendidas 13 toneladas e 398 quilos. Essa foi a contagem final”, disse à “Radio Caracol” o diretor da polícia colombiana, o general Jorge Hernando Nieto.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, havia afirmado ontem que o país tinha realizado a maior apreensão da história de cocaína (12 toneladas), mas o número subiu depois do término da pesagem de tudo que foi encontrado.
Cerca de 400 homens da Direção Antinarcótico da polícia participaram da operação, denominada Lourdes, que incluiu um “ataque aéreo” simultâneo em quatro fazendas dos municípios de Chigorodó e Carepa.
O general Nieto insistiu que esta é “a maior apreensão” de cocaína realizada no país em esconderijos onde era armazenada a droga, que depois era enviada ao exterior através de lanchas rápidas e navios cargueiros.
A cocaína estava “em caixas escondidas debaixo da terra” e, segundo as investigações, “pelo menos dez organizações dos departamentos de Chocó e Antioquia, estavam envolvidas, assim como das regiões de Catatumbo e Los Llanos Orientales, entre outros.
A droga era cuidada por integrantes do Clã do Golfo, comandados por “Mordisco”.
Essa quantidade de cocaína está avaliada US$ 1,5 bilhão nos EUA e na Europa.
General vê “duro golpe”
A apreensão foi um duro golpe nos organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas no país vizinho, as chamadas “bandas criminales”. A avaliação é do general colombiano, Germán López Guerrero, Diretor de Saúde do Exército Colombiano. A apreensão, considerada a maior da história do país, ocorreu na região de Urabá, no departamento de Antioquia, no noroeste do país.
A Polícia Nacional da Colômbia apreendeu mais de 12 toneladas de cocaína da organização criminosa Clã del Golfo. Segundo o governo colombiano, o valor da apreensão é estimado em US$ 360 milhões, ao preço de mercado da droga nos Estados Unidos. Segundo as autoridades locais, 400 agentes antinarcóticos invadiram quatro imóveis nos municípios de Chigorodó e Carepa. A droga estava armazenada embaixo da terra. As bandas operam em 27 dos 31 departamentos, o equivalente a nossos estados. O Clã do Golfo surgiu de remanescentes de grupos armadas do extrema direita que atuavam no país.
“Foi uma operação muito importante para o nosso país e que tem que ser tratada como uma operação de legitimidade, pois, no momento em que estamos em um processo de negociação de paz com as Farc surgem outros atores que afetam muito a segurança do país, que são as bandas criminais, e golpeá-las é uma mensagem para todo o mundo do nosso compromisso como país, como forças militares e polícia”, disse hoje (9) à Agência Brasil o general, que participa do exercício multinacional de ajuda humanitária, Amazon Log, realizado na cidade de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira com o Peru e a Bolívia.
Localizada ao norte da Colômbia, Antioquia tem como capital, Medellín, terceira cidade mais populosa do país, fazendo divisa com o mar do Caribe e os departamentos de Córdoba e Bolívar.
De acordo com o general, apesar de a apreensão ter sido realizada no interior do país, a ação pode trazer consequências positivas para as zonas de fronteira colombianas, inclusive com o Brasil.
“Não saberia responder exatamente sobre esta fronteira [Tabatinga]. Mas com certeza é um golpe contra uma intenção de delito transnacional e essa apreensão fortalece isso, podendo trazer um maior papel do estado nas zonas de fronteiras. É um duro golpe contra o narcotráfico internacional”, afirmou.
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