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Colômbia recebe primeiros voos com deportados dos EUA: “Livres e dignos”

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Ministério das Relações Exteriores afirmou que um voo vindo do Texas trouxe 91 colombianos e que o governo “os recebe de braços abertos, garantindo a sua dignidade e respeitando os seus direitos”

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, compartilhou, nesta terça-feira (28), imagens do primeiro voo com colombianos deportados dos Estados Unidos a chegar a Bogotá, vindo do Texas.

O presidente disse em publicação no X que “o migrante não é um criminoso, é um ser humano que quer trabalhar e progredir, viver a vida”.

O Ministério das Relações Exteriores afirmou que um voo vindo do Texas trouxe 91 colombianos e que o governo “os recebe de braços abertos, garantindo a sua dignidade e respeitando os seus direitos”.

Um segundo voo, vindo da Califórnia, transportou um outro grupo de 110 colombianos deportados dos Estados Unidos.

O governo colombiano afirma que os migrantes foram recebidos por agentes da Força Aérea, da Migração Colombiana, do Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF), da Prefeitura de Bogotá e da Cruz Vermelha.

O presidente Petro também publicou duas fotografias tiradas no interior dos aviões da Força Aérea Colombiana que transportaram os deportados. Nas imagens, os deportados aparecem sem algemas, condição destacada pelo presidente, que pediu a Washington “tratamento decente” para essas pessoas.

Petro disse: “Estruturamos um plano de crédito produtivo, associativo e barato para o migrante. O migrante não é um criminoso, é uma pessoa humana livre”.

Os aviões viajaram com destino a Bogotá, na Base Militar de Catam, adjacente ao aeroporto El Dorado. Segundo comunicado, o governo colombiano organizou esta operação para garantir um “retorno digno e com plena garantia de direitos” aos compatriotas deportados.

Foram dois Boeing 737 operados pela Força Aérea Colombiana, que partiram da Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais Miramar, na Califórnia, e de Fort Bliss, em El Paso, Texas.

Esta repatriação ocorre depois de uma crise diplomática que eclodiu no domingo, quando a Petro rejeitou inicialmente dois voos de deportados enviados pelos Estados Unidos, o que levou o presidente norte-americano, Donald Trump, a ameaçar impor sanções, incluindo uma tarifa de 25% sobre produtos colombianos e restrições à imigração.

Em resposta, Petro ordenou medidas de reciprocidade, como a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações dos EUA. No entanto, a Casa Branca anunciou o encerramento da crise depois de chegar a um acordo com o governo colombiano, que aceitou “todos os termos” propostos por Trump.

O governo Petro confirmou que o “impasse” foi superado e reiterou o seu compromisso com o retorno digno dos deportados, destacando a utilização de aeronaves colombianas para a transferência.

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