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Com ‘facão na cintura’, grupo invade sede do Incra no DF para pedir terras

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Movimento Social de Luta chegou pela manhã e quebrou porta de vidro. PM diz que ato é pacífico e estima 200 pessoas; organização fala em 350.

Integrantes do Movimento Social de Luta (MSL) ocuparam o prédio do Incra, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (11). Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 manifestantes chegaram à portaria do prédio, no Setor Bancário Norte, nas primeiras horas da manhã, e quebraram uma das portas de vidro para acessar o saguão. A organização estima a presença de 350 integrantes.

Até as 7h30, a situação no local era considerada pacífica pela PM, mas os servidores do órgão eram impedidos de entrar no prédio. Os manifestantes do MSL pedem liberação de terras e concessão de cestas básicas.

“Queremos as terras para morar e plantar. Ter alguma dignidade. Hoje, somos em 350 pessoas aqui no Incra. Não temos hora pra sair. Chegamos às 4h30 e viemos com nosso facão na cintura. A população está revoltada”, diz Hugo Zaidan, membro do grupo.

Ele afirma que cerca de 4,5 mil famílias estavam acampadas nesta segunda em cidades goianas próximas ao DF, como Formosa. Segundo Zaidan, as terras ocupadas são frutos de lavagem de dinheiro.

 

Manifestantes do Movimento Social de Luta (MSL) em ato na sede do Incra, em Brasília (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

Manifestantes do Movimento Social de Luta (MSL) em ato na sede do Incra, em Brasília (Foto: Jéssica Nascimento/G1)

Apoio
O servidor do Incra Carlos Antônio da Silva disse apoiar as manifestações, que ocorrem com frequência no prédio. Segundo ele, o órgão nunca esteve “tão pior” em 40 anos de serviço.

“O governo está deixando a desejar. Apoio essas manifestações, claro. O povo só consegue algo, que é de direito, quando ocupam o prédio. Falo com convicção que o Incra está de mal a pior. Não tem servidor, não tem motivação”, diz.

No ano passado, diferentes movimentos de luta por moradia e reforma agrária fizeram atos de protesto na sede do Incra. As vidraças do edifício foram quebradas em janeiro, em julho e em outubro, em manifestações de grupos distintos.

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