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Com praias cheias, prefeitura do Rio retira 400 pessoas da areia da orla

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RJ – MOVIMENTAÇÃO / LEME / ZONA SUL / CORONAVÍRUS / PRAIA / PANDEMIA – CIDADES – Movimentação na praia do Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, em meio à pandemia do Coronavírus, neste sábado (25). 25/07/2020 – Foto: RICARDO CASSIANO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO (Ricardo Cassiano/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

Apesar da proibição da prefeitura do Rio de que os cariocas tomem banho de sol nas praias da cidade, em mais um fim de semana de sol e calor a orla do Rio lotou. Segundo a Guarda Municipal, até o fim da tarde de domingo, cerca de 400 pessoas haviam sido orientadas e retiradas da areia após abordagem dos agentes.

Neste fim de semana, 218 pessoas foram multadas pela Guarda por não usarem máscara de proteção, item obrigatório desde abril em todo o município. Entre os dias 5 de junho e 20 de julho, a corporação já registrou 1.966 multas por falta do uso de máscaras em toda a cidade.

Segundo a quarta fase de flexibilização da prefeitura do Rio também está proibida praticar esportes coletivos na areia nos fim de semana. Porém, neste domingo na Urca, além do banho de mar e sol, havia quatro grupos jogando vôlei sem máscara. A Guarda Municipal afirma que coibiu as práticas esportivas durante as fiscalizações.

O que é proibido ou permitido nas praias

Atividades esportivas individuais e coletivas. Entretanto, os esportes por equipe, como futevôlei, futebol de areia e volêi de praia, só podem acontecer de segunda a sexta-feira;

  • Banhos de mar continuam proibidos (só permitidos para prática esportiva), assim como permanência na areia para se bronzear e “curtir” a praia.
  • Os quiosques não podem funcionar após as 23h;
  • As mesas dos quiosques devem respeitar um espaçamento de 2 metros entre elas, dando preferência aos espaços abertos;
  • Os estabelecimentos não podem ultrapassar 50% da capacidade das mesas nos espaços internos;
  • Corrida, caminhada e pedalada na orla são permitidos;
  • Estacionamento na Orla volta a funcionar

Taxa de isolamento é de 50%

Dados da empresa Cyberlabs mostram que até as 16 horas de ontem, o Rio apresentava uma taxa de 50% de isolamento social.

Entre os bairros analisados pela empresa, a Barra da Tijuca registrou o menor índice de isolamento, com uma queda de apenas 38% de movimento nas ruas. Copacabana lideram o ranking com 53% de redução de pessoas.

  • Centro- 66%
  • Barra da Tijuca – 38%
  • Tijuca- 41%
  • Copacabana- 56%
  • Ipanema e Leblon- 53%

Festa de réveillon terá formato diferente, garante prefeitura

Diante da impossibilidade de realizar shows e receber milhões de pessoas na praia de Copacabana no fim deste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, a Riotur estuda novos formatos de réveillon, “mais virtual e descentralizado”, para a cidade. A prefeitura garante que o evento não será cancelado, mas que terá um outro desenho, ainda a ser definido. Atendendo a pedidos da Associação de Hotéis, a Riotur trata como hipótese principal a pulverização das celebrações da chegada do novo ano pela região da rede hoteleira — com recursos visuais —, mas quer ampliar a sugestão, incluindo no roteiro as Zonas Norte e Oeste do município. Sem tratamento diferenciado para Copacabana, mesmo a queima de fogos deverá acontecer de forma igual em todas as localidades, e mais modesta.

A suspensão do festejo em Copacabana chegou a ser cogitada, mas depois a prefeitura negou a possibilidade. O órgão municipal contou que conversava com os setores de Comércio e Turismo, entre outros, sobre alternativas para diminuir suas perdas financeiras.

Embora não pense ainda em proibir tradições na praia, como mergulhos após a meia-noite e a oferta de homenagens a Iemanjá, o objetivo da prefeitura é desincentivar as idas à Copacabana, que provocam também aglomerações nos metrôs. Com isso, além do Piscinão de Ramos e Parque Madureira, que já recebiam comemorações nesta data, outros pontos fora do subúrbio devem ser integrados no plano de padronização do festejo por toda a cidade. Os recursos cogitados, por hora, são: iluminação de monumentos, projeção de vídeos e até hologramas.

Um consenso é de que a queima de fogos deve mudar de tom, evitando a euforia e dando espaço para sons e luzes que levem à reflexão. A demanda será repassada a profissionais das áreas. E o show, que costuma durar de 15 a 20 minutos em Copacabana, não deve ser tão longo.

A Riotur estuda como será a transmissão, pela TV e através de plataformas digitais, de todas as ações. Na programação, devem ser incluídas ainda apresentações de artistas, sem plateia, e possivelmente celebrações religiosas. Embora ainda não tenham sido realizadas conversas oficiais para isso, uma ideia é propôr a transmissão da tradicional missa realizada no Cristo Redentor dentro da agenda da prefeitura.

A discussão em torno da festa busca chegar a um formato de réveillon cuja liberação não dependa das curvas de contágio e mortes, visto que a preparação dele deve começar com bastante antecedência. Outras decisões, como a permissão para realização de festas em quiosques na praia e hotéis, porém, serão divulgadas posteriormente pelo comitê científico científico municipal.

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