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Com salário na conta e benefícios atrasados, saúde mantém greve
Servidores da saúde do Distrito Federal decidiram, em assembleia na manhã desta segunda-feira (12), dar continuidade à greve deflagrada na sexta (9) para cobrar pagamentos em atraso. A proposta aclamada prevê a intensificação do movimento até a próxima sexta (16), ou até que o GDF apresente uma proposta de calendário para os salários e benefícios devidos. O cronograma deve ser apresentado na quinta-feira (15) segundo o governo.
“Manter a greve, intensificar o movimento e propor nova assembleia para sexta-feira. Se o governo entender que consegue antecipar a proposição do nosso calendário de pagamento, nós marcamos uma assembleia antes, quando for possível”, afirmou a presidente do Sindsaúde, Marli Rodrigues, ao colocar a proposta em votação.
Neste sábado (10), os servidores receberam os salários relativos ao mês de dezembro, que deveriam ter sido pagos até a última quinta (8). O GDF diz ter repassado R$ 409,44 milhões, dinheiro vindo do Fundo Constitucional depositado pela União. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde) confirmou o depósito, mas segue cobrando o pagamento de outras parcelas atrasadas.
Em reunião com a categoria mais cedo, segundo o Sindsaúde, o governo afirmou que abriu negociação com o Banco de Brasília (BRB) para reduzir os juros cobrados da categoria, que precisou recorrer a adiantamentos e empréstimos para pagar as contas. De acordo com o sindicato, o GDF conseguiu reduzir o juro básico de 2,7% para 1,9% ao mês, mas prometeu buscar um desconto ainda maior.
O Sindsaúde representa 104 categorias, entre elas a de técnicos de laboratórios, auxiliares administrativos e especialistas. Segundo eles, apenas os serviços emergenciais vão continuar em funcionamento enquanto houver greve.
Horas extras
As categorias também decidiram que não vão mais fazer horas extras até que o pagamento do benefício seja regularizado. O ato também afeta a escala do Samu, que não pode entrar em greve por ser um serviço de urgência.
Segundo o Sindsaúde, as escalas médicas e de assistência à saúde não “fecham” sem as horas extras, porque há carência de profissionais. Com a recusa, os servidores vão cumprir apenas as horas previstas em contrato, já que não estão recebendo pelo trabalho excedente.
Em novembro, médicos do Distrito Federal abandonaram escalas de plantão e alegaram “medo” de que as horas extras não fossem pagas na data prevista. Com o déficit de profissionais nomeados nas carreiras de saúde, segundo os sindicatos, as jornadas extras passaram a fazer parte da escala mensal.
Em reunião na sexta (9), o governador Rodrigo Rollemberg afirmou à categoria que reconhece a dívida deixada pelo governo anterior e que vem fazendo esforços para quitar os pagamentos. Servidores da saúde cobram o pagamento de salários de novembro e de benefícios como 13º salário, abono de férias e tíquetes alimentação e transporte.
No mesmo dia, os servidores da saúde fecharam a quadra 102 Sul, próxima ao Hospital de Base, em ato de protesto. A PM informou que cerca de 400 pessoas participavam do ato. Em cima do carro de som que acompanhava o ato dos servidores, um papai noel vestido de preto representava o luto da categoria, segundo sindicato.
Fonte: G1
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