Comerciantes fazem protesto contra Trump na 25 de Março

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) organizou uma manifestação para sexta-feira (18/7) na região da 25 de Março, no centro da capital paulista, contra a investigação anunciada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre o comércio brasileiro.

O governo dos EUA, por meio do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), listou o polo comercial como foco principal de falsificação de produtos.

A concentração acontecerá na Rua Carlos de Sousa Nazaré, às 10h, e contará com a participação de lideranças sindicais, trabalhadores, representantes do setor comercial, movimentos sociais e do setor bancário.

Segundo a categoria, o objetivo é repudiar as declarações de Donald Trump, que atacou diretamente o comércio popular brasileiro, o sistema Pix e a soberania econômica do país. O grupo também distribuiu materiais com o rosto do presidente dos EUA circulado pela palavra “mentiroso” em estações de metrô, como Anhangabaú e República.

Ricardo Patah, presidente do sindicato, destaca: “Estamos mobilizados contra essa ofensiva, contra o aumento de tarifas que prejudica a economia brasileira, e em defesa dos empregos, da inovação nacional e da independência do povo brasileiro”.

Investigação de Trump menciona a 25 de Março

A imposição da Seção 301 contra o Brasil foi solicitada por Donald Trump. Esta seção faz parte da Lei Comercial dos EUA de 1974, utilizada para responder a práticas consideradas injustas, irracionais ou discriminatórias por governos estrangeiros.

Além de citar uma ação judicial envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado no Supremo Tribunal Federal por suposta trama golpista, Trump alegou um déficit comercial inexistente na balança entre os dois países.

O documento também menciona a ampla circulação e venda de produtos falsificados, consoles de jogos alterados, dispositivos de streaming ilegais e outros aparelhos fraudulentos.

O texto ressalta que a ineficácia no combate à pirataria de conteúdos protegidos por direitos autorais continua dificultando a expansão de canais legítimos de distribuição de conteúdos, destacando a rua 25 de Março como cenário dessa situação.