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Comerciantes sofrem com prejuízos após falta de luz na Bela Vista

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Comerciantes da Bela Vista, região central de São Paulo, enfrentam perdas financeiras devido a um apagão que já dura quatro dias no bairro, causado por um ciclone extratropical com ventos que chegaram a quase 100 km/h.

A cabeleireira Carmem Silva Souza, 43 anos, está com seu salão na Rua Major Diogo fechado desde quarta-feira (10/12). Ela estima uma perda entre R$ 10 mil e R$ 12 mil, sem contar os alimentos que teve que descartar por falta de refrigeração.

Carmem afirmou que normalmente atende entre 15 e 20 clientes aos sábados e que o último sábado foi especialmente prejudicial. Ela não tem uma previsão concreta da Enel para a restauração do serviço, pois as datas anunciadas mudam constantemente.

De maneira semelhante, o proprietário da pizzaria, João Paulo Umburana Souza, 39 anos, está conseguindo manter o funcionamento graças a um gerador que custou R$ 9.800. No entanto, ele destaca que o custo com combustível e a prioridade na conservação de alimentos e frios têm gerado outros prejuízos. Os estoques de cerveja do freezer foram perdidos, e houve queda nas vendas e na clientela.

Moradores do bairro também relataram problemas. O aposentado Marco Aurélio Correa Lima, 75 anos, está sem energia e água, ressaltando que o escuro aumenta a sensação de insegurança durante a noite.

O gráfico Fabio Augusto Zaccaro, 48 anos, afirmou que seu prédio sofre com a falta de energia e água, e que idosos precisam descer as escadas para buscar água com baldes.

Por volta das 19h50, moradores notaram a retomada da energia em algumas ruas da Bela Vista.

A Enel comunicou que pretende restabelecer o fornecimento até o final do domingo (14/12). Ainda na noite de sábado, cerca de 340 mil imóveis permaneciam sem luz. A companhia explicou que o vendaval foi o mais prolongado da história da região e que as condições meteorológicas adversas dificultaram os reparos, pois rajadas contínuas interrompiam o trabalho das equipes.

A empresa destacou que mobilizou até 1,8 mil equipes para acelerar os reparos e já conseguiu reestabelecer o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes afetados.

Protesto no Ipiranga

No bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo, moradores protestaram contra a Enel após quatro dias sem energia. A manifestação terminou somente quando um caminhão da empresa restabeleceu o serviço, por volta das 15h20 do sábado (13/12).

A estudante Isabella Hashimoto, 21 anos, que possui um restaurante de culinária japonesa com a família, estima ter perdido cerca de R$ 1.500 em produtos perecíveis e gastou mais R$ 1.500 na compra de um gerador para tentar minimizar as perdas.

Problemas em Moema

Na zona sul, em Moema, moradores também reclamaram da falta de energia. Uma moradora relatou estar quatro dias sem luz na Rua Guaramomis, próxima a uma clínica de idosos e uma escola. Ela destacou que a situação deixa tudo às escuras e aumenta os riscos de segurança, tornando o ambiente preocupante para os residentes.

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