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Compras online mais caras: Correios aumentam frete e empresas de e-commerce reagem

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Em nota, os Correios disse que o número apresentado pelo Mercado Livre não é real

Os Correios farão um reajuste no próximo dia 6 de março no valor do frete dos produtos postados entre capitais e nos âmbitos locais e estaduais. De acordo com a empresa, a média deste aumento será de 8% e trata-se de uma revisão anual, a exemplo do que é previsto em contrato. Os números divulgado pelos Correios, no entanto, são contestados pelas empresas de e-commerce, grandes usuárias do serviço.

A insatisfação gerou até uma campanha nas redes sociais: #FreteAbusivoNão. O Mercado Livre, responsável pela criação da tag de protesto, afirmou que o reajuste médio seria de 29% e, em algumas localidades do País, alcançaria os 51%.

“É justamente o contrário do que tá sendo apresentado pra gente porque o incremento que a gente tem nas tarifas é maior quanto mais distante você está. Ou seja, as pessoas que estão nas grandes capitais, nas grandes cidades têm um aumento menor do que as pessoas que estão no interior do Brasil, o que é absolutamente contrário da nossa política de democratização do comércio eletrônico”, explicou o diretor de Mercado Envios da empresa, Leandro Soares.

Outro argumento do Mercado Livre, que tem parceria com os Correios há cinco anos, é a comparação do valor de fretes de países da América Latina com o do Brasil. De acordo com a nota da empresa de compra e venda, o aumento tornará o frete brasileiro 42% mais caro do que na Argentina, 160% mais caro do que no México e 282% mais caro do que na Colômbia.

Os Correios classificaram a comparação como “tendenciosa” e afirmaram que esses dados podem levar o consumidor a acreditar em uma falsa premissa.

“O maior dos países citados – a Argentina – tem cerca de um terço da extensão territorial do Brasil e 40% de toda a sua população concentrada na região metropolitana de Buenos Aires. A maior cidade brasileira, por sua vez, tem 10% da população do país. Outro exemplo citado na nota, a Colômbia, é cerca de seis vezes menor que o Brasil. Os desafios de transporte em um país com dimensões continentais são muito maiores e os custos para manter a presença dos Correios em todo o território nacional são altíssimos”, justificou a empresa.

Sobre o preço no Rio de Janeiro, os Correios afirmaram que a cobrança extra por conta da segurança já é praticada por outras transportadoras brasileiras desde março de 2017 e que pode ser suspensa a qualquer momento, caso a situação da violência seja controlada.

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