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Economia

Concurso CNU 2025 atrai servidores buscando cargos melhores

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Responsável por aproximadamente 80% das 3.652 vagas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025), o Distrito Federal atraiu um público específico. Servidores públicos em busca de melhores posições estão concorrendo às vagas junto com candidatos iniciantes.

Os participantes destacam os salários superiores aos atuais e a jornada de trabalho como atrativos para participarem da seleção. A possibilidade de transformar um cargo temporário em efetivo também influencia suas decisões.

A arqueóloga Lívia Blandina, 40 anos, que ocupa um cargo temporário no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), chegou cerca de duas horas antes da abertura dos portões para disputar uma vaga no Bloco Temático 2 do CNU (Cultura e Educação).

Nascida no interior de Pernambuco, Lívia reside em Brasília desde o ano passado, quando assumiu o posto temporário. “Como fiz outro concurso no ano anterior, praticamente terminei a prova e segui estudando”, comenta. “Já me acostumei a estudar cerca de quatro horas diárias, mas, especificamente para o CNU, estou me preparando desde julho”, acrescenta. Ela aponta que sua maior dificuldade está nos conteúdos de estatística exigidos na prova do Bloco 2.

A edição de 2025 do CNU também atrai servidores públicos com anos de experiência. A professora concursada há 12 anos na rede pública de ensino do Distrito Federal, Rosana Silva, 42 anos, concorre a uma vaga no Bloco 5 (Administração).

Segundo Rosana, a falta de perspectivas de crescimento na carreira e o fato de frequentemente levar trabalho para casa foram os motivos que a levaram a tentar uma vaga no governo federal. “Sou professora desde os 30 anos e ensino português para 200 alunos. Tenho muita redação para corrigir em casa; na verdade, trabalho mais em casa do que na sala de aula”, destaca.

Com tempo para estudar apenas nos fins de semana e feriados, ela faz um curso online e pretende seguir se preparando para ser servidora do Poder Judiciário, independentemente de passar ou não no CNU.

Rosana também reclama da falta de valorização profissional do magistério e da ausência de um plano de carreira sólido na rede pública. “Tenho especialização e mestrado e recebo cerca de R$ 8 mil líquidos por mês. Um professor com doutorado ganha na faixa de R$ 13 mil líquidos. Pode parecer muito para a maioria da população, mas é pouco diante do esforço que o professor faz para estudar e se qualificar”, afirma.

A segunda etapa do CNU também atrai candidatos tradicionais que não são servidores públicos, procurando uma oportunidade profissional.

Recém-formado em direito, Fabiano Schelb, 32 anos, sonha em trabalhar em um tribunal. Ele pretende aproveitar o foco em direito no Bloco 7 (Justiça e Defesa) para buscar uma vaga no Poder Executivo, enquanto, assim como Rosana, se prepara para ingressar no Poder Judiciário.

“Quem estudou direito tem uma vantagem natural”, acredita Fabiano, que chegou ao centro universitário na Asa Norte, em Brasília, por volta das 10h50. Ele relata que a experiência na primeira edição do CNU, no ano anterior, o ajudou, mas também ressalta as dificuldades encontradas nas questões de matemática.

“No ano passado, fui bem nas questões de direito e português, mas acertei apenas duas de matemática, pois não esperava que seriam cobradas daquela forma. Neste ano, estou mais bem preparado”, conta o recém-formado.

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