Confiança do consumidor sobe para 87,5 pontos em setembro, maior desde dezembro de 2024

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) aumentou 1,3 ponto em setembro em comparação ao mês anterior, alcançando 87,5 pontos, conforme dados da Fundação Getulio Vargas. A média móvel trimestral do índice também apresentou avanço de 0,5 ponto, totalizando 86,8 pontos.

A economista Anna Carolina Gouveia, do FGV Ibre, ressaltou que o crescimento está ligado à melhora nas expectativas dos consumidores, impulsionada pela estabilidade no mercado de trabalho e uma recente queda na inflação, o que resultou em um menor pessimismo em relação ao futuro.

Segundo Anna Carolina Gouveia, “a manutenção de um mercado de trabalho sólido e o alívio recente na inflação fizeram com que os consumidores se tornassem menos pessimistas quanto ao futuro. Entretanto, os altos níveis de endividamento e inadimplência das famílias ainda limitam uma recuperação mais forte da confiança.”

O Índice de Expectativas (IE) registrou alta de 3,7 pontos, chegando a 91,8 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,5 pontos, atingindo 82,0 pontos.

Dentro do ISA, a avaliação da situação econômica local atual diminuiu 0,8 ponto, já a análise da situação financeira atual das famílias teve queda mais expressiva, de 4,3 pontos.

Em contraste, o indicador da situação econômica futura, componente do IE, subiu 6,9 pontos. A expectativa sobre a situação financeira futura das famílias também melhorou, com alta de 4,1 pontos, recuperando parte das perdas anteriores. A intenção de compra de bens duráveis permaneceu estável em 88,2 pontos, o nível mais elevado desde dezembro de 2024.

Ao analisar por faixas de renda, a confiança diminuiu principalmente entre os consumidores com renda até R$ 2.100,00 (de 79,6 para 77,5 pontos) e aqueles entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 (de 88,9 para 86,2 pontos). Já na faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, a confiança aumentou (de 85,6 para 90,5 pontos), assim como na faixa acima de R$ 9.600,01 (de 91,0 para 93,9 pontos).

A coleta dos dados ocorreu entre 1 e 22 de setembro de 2025, com nova atualização prevista para 27 de outubro de 2025.

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