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Conflito em protesto no Peru deixa mortos e feridos

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Na última quarta-feira à noite, uma pessoa perdeu a vida e mais de 100 ficaram feridas após confrontos violentos no centro de Lima durante uma manifestação intensa contra o novo governo e o Congresso.

Centenas de jovens lideraram o protesto, caminhando até a sede do Legislativo para expressar sua insatisfação com a classe política e o aumento da violência causada pelo crime organizado.

A atual crise de segurança levou à destituição da presidente Dina Boluarte em um processo político rápido no dia 10 de outubro. Foi então que o político de direita José Jerí, 38 anos, que ocupava o cargo de presidente do Parlamento, assumiu provisoriamente a presidência, prometendo entregar o poder ao vencedor das eleições gerais no próximo ano.

Antes dessa mudança, o grupo conhecido como Geração Z, composto por jovens entre 18 e 30 anos, junto com sindicatos de artistas e trabalhadores dos transportes públicos, convocaram a manifestação. Durante os protestos noturnos, os manifestantes tentaram derrubar as barreiras em frente ao Congresso.

A polícia reagiu com gás lacrimogêneo e força física contra os participantes que lançavam pedras e artefatos explosivos. O confronto resultou em uma morte e mais de 100 feridos, conforme divulgado pelas autoridades.

O presidente Jerí identificou a vítima em sua rede social X como Eduardo Ruiz Sanz, de 32 anos. A ONG coordenadora dos direitos humanos indicou que ele pode ter sido atingido por um disparo feito por um policial à paisana.

As manifestações aumentaram devido ao descontentamento com a classe política e a insegurança. O Peru enfrentou sete governos diferentes na última década, incluindo o governo que substituiu Dina Boluarte.

Esse protesto foi o mais violento até agora, com 102 feridos atendidos nos hospitais, incluindo civis e policiais. Muitos atribuem a violência à falta de um plano eficaz de segurança nacional.

Com os incidentes recentes, o total de feridos em protestos já supera 170 pessoas, envolvidas entre manifestantes, agentes de segurança e jornalistas.

Jerí afirmou que a manifestação pacífica foi invadida por criminosos que queriam causar tumulto e prometeu aplicar a lei rigorosamente.

Além disso, grupos feministas também participaram da manifestação, protestando contra o novo presidente em razão de uma denúncia por suposta agressão sexual contra ele em dezembro de 2024, quando ainda era parlamentar. A denúncia foi arquivada por falta de provas, mas as ativistas exibiram uma faixa acusando José Jerí.

O movimento Geração Z, que lidera os protestos, utiliza um símbolo conhecido da série de mangá One Piece como ícone da luta dos jovens contra governos problemáticos no mundo.

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