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Conflito entre vice-prefeito de SP e Tarcísio complica planos de Nunes para 2026
As recentes declarações do vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), sobre a atuação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a respeito das ações na Cracolândia geraram desconforto entre as administrações municipal e estadual, podendo comprometer os planos do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para uma candidatura ao governo em 2026.
Mello se incomodou pelo fato de Tarcísio ter visitado sozinho a região que concentrava usuários e traficantes para uma reportagem televisiva que abordou os seis meses das operações que levaram à dispersão de centenas de pessoas. Segundo o vice-prefeito, essas ações foram conduzidas em parceria entre governo e prefeitura, motivo pelo qual Tarcísio deveria ter incluído Nunes nas gravações.
Mello relembrou sua experiência anterior na área durante 2014, quando atuou como capitão, afirmando que as políticas aplicadas naquele tempo não tiveram êxito e questionando a ausência do atual governador na época.
Recentemente, o vice-prefeito também denunciou irregularidades na prefeitura, como a existência de servidores fantasmas. No edifício da prefeitura, a fala de Mello acentua um clima de isolamento, embora o prefeito Nunes tente manter o vice integrado à gestão. Há relatos de tensão entre Mello e alguns secretários, postura que o vice nega.
Esses episódios ocorrem enquanto Nunes se esforça para consolidar sua candidatura sucessória de Tarcísio, no caso deste disputar a Presidência no próximo ano. Aliados do prefeito atestam que Nunes vem buscando minimizar os impactos da imagem do vice desde meses atrás.
Durante a manifestação favorável a Bolsonaro na Avenida Paulista, em agosto, Mello e Nunes estiveram juntos no trio elétrico, porém foi Mello quem falou.
Interlocutores atribuem a falta de experiência política e administrativa de Mello como fator prejudicial aos planos eleitorais do prefeito, especialmente diante das críticas recentes do vice, que afirma não estar preocupado com seu futuro político, mas sim com a situação do presidente Bolsonaro.
No governo estadual, apesar de Tarcísio não dar importância às declarações, o vice-governador Felício Ramuth (PSD) considera as manifestações de Mello equivocadas, ressaltando que as ações na Favela do Moinho ocorreram antes do vice assumir suas funções.
Possível candidatura ao Senado
Indagado sobre uma eventual candidatura ao Senado, Mello declarou que não foi procurado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e que a decisão ficará a cargo de Bolsonaro. Sobre uma possível assunção à prefeitura, o vice destaca estar preparado, afirmando conhecer bem a administração municipal após um ano no cargo.
Ele também mencionou que manterá os acordos firmados com os partidos e não vê problema em alianças com partidos de centro-esquerda, desde que as pessoas envolvidas sejam honestas e comprometidas.

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