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Confronto no STF entre Mauro Cid e ex-assessor de Bolsonaro esclarece versões divergentes

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O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara participam de um confronto nesta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer diferenças em seus depoimentos. Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada, afirmou que Marcelo Câmara tinha conhecimento sobre um documento golpista e foi responsável por acompanhar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-assessor nega essas acusações.

O confronto está marcado para começar às 11h30. A acareação foi pedida pela defesa de Marcelo Câmara, que é réu em uma ação penal relacionada a um dos grupos da trama golpista, e foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. Mauro Cid, réu em outro núcleo da mesma trama, foi ouvido no mês anterior como informante no processo contra o ex-assessor e outros envolvidos.

Durante o depoimento, Mauro Cid disse que pediu a Marcelo Câmara para descobrir se o ministro Alexandre de Moraes estava se reunindo com o então vice-presidente Hamilton Mourão, hoje senador, a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Mauro Cid, o pedido veio do presidente da República na época, que queria confirmar uma informação sobre encontros entre Moraes e o general Mourão em São Paulo. Como a estrutura presidencial estava desorganizada, Cid solicitou que Câmara verificasse essa informação.

Mauro Cid também mencionou uma troca de mensagens com Marcelo Câmara em janeiro de 2023, após a descoberta de um documento que previa ações para reverter o resultado das eleições de 2022, encontrado na casa do ex-ministro Anderson Torres. Na mensagem, Câmara indicou que o documento não foi distribuído por não ter respaldo jurídico. De acordo com Cid, Câmara tinha conhecimento das discussões sobre medidas para contestar a derrota nas eleições.

A defesa de Marcelo Câmara, no entanto, afirmou que as alegações de Mauro Cid são isoladas e não se sustentam diante das provas nos autos, e ressaltou que a acareação é essencial para buscar a verdade dos fatos.

Em junho, Mauro Cid já participou de outra acareação, desta vez com o ex-ministro Walter Braga Netto, também réu no núcleo principal da trama golpista. Na ocasião, ambos mantiveram suas versões conflitantes sobre dois pontos centrais: uma reunião realizada em novembro de 2022 na casa de Braga Netto e a suposta entrega de dinheiro pelo ex-ministro.

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