Confusão no plenário: Nikolas Ferreira afirma ter sido atacado por Camila Jara, que nega agressão

Durante a sessão legislativa da última quarta-feira na Câmara dos Deputados, um momento de caos chamou a atenção. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) caiu no chão depois de um confronto com a deputada Camila Jara (PT-MS), o que gerou versões diferentes sobre o que aconteceu.

Quando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou ao local, seguranças e deputados começaram a retirar os manifestantes que estavam na mesa da presidência. Foi nesse tumulto que Nikolas Ferreira caiu.

Nas redes sociais, Nikolas Ferreira alegou que Camila Jara o agrediu, dizendo que “a esquerda age assim: te ataca quando ninguém está vendo” e insinou que foi alvo de um golpe planejado. Vídeos mostram um ambiente confuso, com muitas pessoas ao redor da cadeira da presidência.

Em resposta oficial, Camila Jara negou que tenha agredido o colega. Ela, que tem 1,60 metro de altura, pesa 49 quilos e está em tratamento contra câncer, disse que apenas se defendeu do aperto da multidão — conforme afirmou, como qualquer mulher faria ao estar pressionada por um homem em meio ao caos. Ela condenou o que chamou de “campanha de perseguição” nas redes sociais.

A deputada também declarou que não será intimidada pelo “ódio dos que desrespeitam a democracia” e que continuará trabalhando por meio do diálogo.

O incidente entre Nikolas e Camila ocorreu após mais de 30 horas de bloqueio na sessão pela oposição. Durante o dia, deputados bolsonaristas ocuparam a mesa da presidência para pressionar pela inclusão imediata de um projeto que amplia a anistia para manifestantes envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O grupo se recusava a liberar os trabalhos enquanto a proposta não fosse colocada em pauta.

Essa ocupação impediu a votação de outras propostas, entre elas um projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos, uma prioridade para muitos parlamentares.