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Conselho de Ética da Câmara pedirá ao STF informações sobre Vargas
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), pedirá nesta quinta-feira (29) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que envie ao colegiado as informações sobre as investigações relacionadas ao envolvimento do deputado André Vargas (sem partido-RO) com o doleiro Alberto Yousseff.
André Vargas é alvo de denúncias de envolvimento com o doleiro, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato. A operação investigou um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. O parlamentar é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Saúde. Ele também admitiu ter viajado em um jatinho fretado pelo doleiro preso pela PF. Por conta das denúncias, no dia 25 de abril, Vargas se desfiliou do PT.
Diante das denúncias, o Conselho de Ética decidiu abrir processo para apurar a conduta de Vargas, após representação de partidos de oposição, em 9 de abril.
De acordo com a assessoria de Izar, o deputado pedirá os documentos para que o relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), possa elaborar seu parecer com base nas informações do STF.
Em 19 de maio, Zavascki determinou à Justiça Federal do Paraná, que até então era responsável por conduzir o processo da Lava Jato, o envio de todos os inquéritos relativos à operção ao STF, em razão de as investigações apontarem ligação entre Youssef e os deputados André Vargas, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Nesta segunda (26), o presidente do PT, Rui Falcão, informou que o partido entrou com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o órgão decrete a perda do mandato de Vargas por infidelidade partidária.
Na semana passada, Vargas compareceu à sua primeira sessão no plenário da Câmara após o retorno da licença que havia anunciado em 7 de abril e deveria durar 60 dias.
Apesar de estar prevista para durar até 5 de junho, a licença temporária de Vargas teve o seu fim anunciado no último dia 14 pelo parlamentar ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Com o retorno, ele voltará a receber salário, verba de gabinete e o chamado “cotão”, recursos destinados a pagar telefonemas, serviços postais e passagens aéreas.
Argôlo
Ao G1, Izar afirmou que além de pedir as informações relacionadas a André Vargas, solicitou também ao ministro Teori Zavascki os dados referentes ao deputado Luiz Argôlo.
Segundo o presidente do Conselho de Ética, Zavascki pediu prazo de 15 dias para enviar os documentos, pois ainda precisa separar quais são as informações que não dizem respeito a parlamentares investigados pela Lava Jato.
Ainda segundo Ricardo Izar, o Conselho de Ética terá, após o recebimento dos documentos, 15 dias para concluir e votar o relatório do deputado Julio Delgado.
Na avaliação do presidente do conselho, o prazo não ficará apertado e, diante da resposta de Zavascki, o conselho decidiu inverter a ordem do processo e ouvir defesa e testemunhas antes de analisar os documentos da PF.
“Esse prazo não vai ficar apertado, só que em vez de olhar os laudos, vamos ouvir testemunhas e a defesa. Acho que o tempo que o ministro pediu para nos enviar os documentos não atrapalha muito o relatório, não. Porque, na verdade, o que tem no Supremo é o relatório da Polícia Federal, e o que a gente quer é fazer uma leitura desses documentos”, disse Izar.
Fonte: G1
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