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Construção de parque no Campo de Marte ameaça clubes de várzea da Zona Norte

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Moradores da região também se preocupam com eventuais danos que podem ser causados ao meio ambiente; parque e museu deverão ocupar cerca de 20% da área total do terreno Campo de Marte.

O presidente Michel Temer (PMDB) e o prefeito João Doria (PSDB) assinaram na tarde desta segunda-feira (7) um acordo que transfere parte da área do Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo, para a construção de um parque municipal e de um museu aeroespacial. Mas a grande reforma e construção no local está preocupando antigos clubes de várzea da Zona Norte que, há 60 anos, mantém seis campos de futebol no local.

Nos campos que podem ser destruídos já foram revelados grandes talentos do futebol nacional, como João Roberto Basílio, do Corinthians, e Sérginho Chulapa, do Santos. “Em todos os campos aqui, no final de semana, chega a quase 1000 e 1200 pessoas”, disse ao SPTV Carlos Di Donato, presidente do Conselho Cruz da Esperança.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o parque e o museu deverão ocupar 406 mil metros quadrados, cerca de 20% do da área total do terreno. O aeroporto Campo de Marte não serve linhas comerciais, mas recebe grande movimento de helicópteros e jatos executivos. Lá também operam escolas de pilotagem, do serviço aerostático das polícias, do Hospital da Força Aérea e de um clube para oficiais. É esse espaço que será dividido com um parque público.

Croqui mostra em verde parte da área do Aeroporto Campo de Marte que irá ser transformada em parque (Foto: Reprodução/TV Globo)

Croqui mostra em verde parte da área do Aeroporto Campo de Marte que irá ser transformada em parque (Foto: Reprodução/TV Globo)

Os clubes garantem que têm uma autorização da Infraero para utilizarem o local desde 1979. E só permanecem no local por força de uma liminar já que a União teria entrado na justiça com um pedido de desapropriação. “Isso aqui desde o primeiro momento foi construído pela comunidade, pelo povo esportista aqui da região. Todas as benfeitorias, uso dos campos, é gratuito”, disse ao SPTV Otacilio Ribeiro, secretário geral da Associação Clubes Mantenedores.

Outra preocupação dos moradores da região são eventuais danos que podem ser causados ao meio-ambiente. Mas a Prefeitura garante que não irá alterar o ecossistema do local, que contém uma área com remanescentes da Mata Atlântica.

A Prefeitura não confirmou quando o parque deve ser aberto ao público, mas já tem autorização para fazer reformas no local. Doria garantiu ainda que o parque, assim como todos os outros da capital, será concessionado e gerido por uma instituição privada.

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