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Consulado solicita ação sobre agressão a menino brasileiro
O Consulado Brasileiro na cidade do Porto, Portugal, entrou em contato com autoridades locais para obter informações sobre o incidente envolvendo um garoto brasileiro de 9 anos, que teve dois dedos parcialmente amputados em uma escola daquele país.
Os diplomatas também contataram a mãe da criança, Nívea Estevam, oferecendo suporte jurídico e psicológico para a família.
O incidente aconteceu em Cinfães, no dia 10 de novembro, na Escola Básica Fonte Coberta. Suspeita-se que a agressão, realizada por outros alunos que teriam usado a porta do banheiro para pressionar os dedos da criança, tenha sido motivada por xenofobia e racismo.
Ambientada essa situação, a mãe relatou que seu filho era alvo de bullying por parte dos colegas. O episódio ganhou repercussão na mídia portuguesa, levando a coordenadora do Bloco da Esquerda (BE), Mariana Mortágua, a questionar o Ministério da Educação de Portugal sobre a possibilidade de mais ocorrências de racismo e xenofobia nas escolas do país.
Informações e providências
O embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carrero, solicitou informações aos ministérios da Administração Interna e da Educação, Ciência e Inovação.
Na solicitação, foi pedido que sejam tomadas medidas caso se confirmem as suspeitas de motivações xenofóbicas ou racistas contra o estudante, que é negro.
Denúncia feita pela mãe
Diante dos fatos, a mãe da criança usou as redes sociais para denunciar o caso, afirmando que a escola classificou o ocorrido como um acidente. Além disso, relatou ter recebido atendimento inadequado ao buscar a polícia portuguesa para registrar a denúncia, após mencionar a possibilidade de racismo.
Ela contou que um policial bateu na mesa e afirmou que não aceitaria que o caso fosse tratado como racismo ou xenofobia, dizendo que todos seriam iguais em Portugal e que, se a escola disse que foi um acidente, então seria realmente um acidente.

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