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Economia

Consumo das famílias brasileiras cresce 4% em julho, diz Abras

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O consumo nas residências brasileiras cresceu 4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, conforme dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Comparado a junho, houve um crescimento de 2,41%, e no acumulado do ano, o aumento foi de 2,66%. Esses números são ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e incluem todos os tipos de supermercados.

De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, esse crescimento demonstra uma base de consumo mais robusta, impulsionada pela melhora na renda e no mercado de trabalho.

“Normalmente, julho apresenta uma queda no consumo devido às férias escolares, quando muitas famílias preferem consumir fora de casa. Contudo, neste ano, esse efeito foi menos intenso”, explicou Marcio Milan durante uma coletiva de imprensa.

A taxa de desemprego caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor patamar desde 2012, contra 6,9% no ano anterior. O rendimento real habitual atingiu R$ 3.477, representando um aumento de 3,3% em relação a 2024. Essa melhoria também impactou o Bolsa Família: quase 1 milhão de famílias deixaram de receber o benefício em julho, mas, segundo Marcio Milan, essa transição para a renda do trabalho não afetou negativamente o consumo.

Outros fatores também contribuíram para o aumento das compras no mês, como o pagamento de R$ 10 bilhões em restituições do Imposto de Renda, a liberação de R$ 2,3 bilhões em requisições de pequeno valor (RPVs) do INSS e o saque do PIS/Pasep, que deve injetar R$ 30,7 bilhões na economia ao longo do ano.

Cesta básica

No Abrasmercado, que engloba 35 produtos de consumo popular, os preços recuaram 0,78% em julho em comparação a junho, impulsionados pela redução nos preços de arroz, feijão e hortifrutis. Essa foi a segunda queda consecutiva, e, pela primeira vez no ano, todas as regiões do Brasil registraram diminuição nos preços.

O quadro atual mostra que 29 dos 35 itens pesquisados apresentaram queda ou oscilaram dentro de uma faixa baixa de variação, entre -0,50% e +0,50%, enquanto apenas seis produtos tiveram aumento superior a esse intervalo.

“As variações observadas foram de baixa intensidade e ainda não indicam estabilidade nos preços. Para confirmar isso, será necessário monitorar o comportamento nos próximos meses”, explicou Marcio Milan. Com essa nova queda, o preço médio da cesta passou de R$ 819,81 para R$ 813,44.

Na análise da cesta de alimentos básicos, composta por 12 itens, o preço médio nacional apresentou uma redução de 0,44% em julho, passando de R$ 353,42 para R$ 351,88.

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