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Contra superlotação dos presídios, Reino Unido começa a soltar presos antes do fim da pena

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Medida polêmica do governo britânico visa reduzir a população carcerária, mas gera debate após incidente com ex-detento

O governo do Reino Unido iniciou a liberação de presos antes do término de suas sentenças, uma medida controversa adotada para combater a superlotação nos presídios do país. A decisão permite a soltura de detentos após cumprirem 40% de suas penas e tem gerado intenso debate na sociedade britânica

Atualmente, o Reino Unido possui a maior população carcerária da Europa Ocidental, com mais de 80 mil detentos. Segundo o analista Sênior de Internacional da CNN Brasil Américo Martins, embora esse número seja consideravelmente menor que os registrados em países como Brasil, Estados Unidos e China, o dado representa um recorde para o país e tem pressionado o sistema prisional.

Critérios para a soltura

A medida, no entanto, não se aplica a presos considerados de alta periculosidade, como condenados por assassinato. O foco está em detentos sentenciados por crimes menos violentos, como aqueles contra a propriedade. Até o momento, cerca de dois mil presos foram beneficiados pela nova política.

A polêmica da medida se intensificou após um incidente em que um dos ex-detentos libertados cometeu um crime sexual no mesmo dia de sua soltura. O caso aumentou as críticas à medida e forçou o governo a defender sua posição, argumentando que a construção de novas prisões levará anos para resolver o problema de superlotação.

Desta forma, o governo britânico tenta equilibrar as medidas entre a responsabilidade com segurança pública e a necessidade de proporcionar condições adequadas para a reabilitação dos presos.

CNN

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