Economia
Contratos futuros de minério na China caem, após avanço em reação à Vale
Índices tiveram alta após anúncios recentes da mineradora brasileira, porém, nesta quinta, recuaram no maior mercado mundial de minério
Os contratos futuros de minério de ferro recuaram na madrugada desta quinta-feira 31, após a força recente que exibiram em reação ao acidente com a barragem da Vale em Brumadinho (MG), ocorrido na última sexta-feira 25.
Um ligeiro avanço no chamado índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa, de 49,4 em dezembro para 49,5 em janeiro – mostrando, porém, contração na manufatura pelo segundo mês consecutivo -, aparentemente não teve impacto nos negócios com minério.
Por volta da 1h40 (de Brasília), o futuro de minério de ferro para entrega em julho negociado na Bolsa de Dalian tinha baixa de 0,40%, após tocar máximas em cerca de um ano na sessão anterior. No mesmo horário, o futuro de vergalhão de ferro da Bolsa de Xangai caía 0,60%.
O desastre da Vale gerou temores de que os embarques de minério de ferro da companhia brasileira pudessem ser afetados. A corretora Argonaut, no entanto, minimizou as preocupações com a oferta, alegando que a demanda da China por minério para a reposição de estoques diminuiu com a aproximação do Ano Novo lunar, feriado chinês com uma semana de duração.
Além disso, a Argonaut aponta que a redução das margens no setor siderúrgico levam empresas chinesas do setor a preferir minério com menor teor de ferro, em vez do produto com maior teor exportado pela Vale.
As ações da mineradora brasileira tiveram disparada de 9,03% na Ibovespa nesta quarta-feira, após anúncio da desativação de barragens com características similares às de Mariana e Brumadinho.
Na terça-feira, 29, o presidente da mineradora, Fábio Schvartsman, disse que a Vale vai paralisar a operação em dez barragens a “montante”, ou seja, que vão sendo ampliadas conforme o rejeito aumenta. A característica é comum tanto no desastre em Mariana, de 2015, quanto no de Brumadinho. A medida representará uma redução na produção de 40 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, o equivalente a 10% da volume total da companhia.
Especialistas indicaram um efeito positivo no mercado. Isso porque, os acionistas estão mais seguros de que um desastre semelhante não ocorrerá novamente e possuem, agora uma ideia do prejuízo numérico que a empresa vai enfrentar quanto à produção. Fonte: Veja
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