Economia
COP30: Finanças Sustentáveis para Proteger a Amazônia
Em Belém, a COP30 ocorre em um momento crucial para as discussões sobre o clima, colocando a Amazônia como foco principal no cenário global. Reunindo pesquisadores, líderes locais, setor privado e organizações da sociedade civil, cresce a importância de entender como diferentes tipos de investimentos podem apoiar modelos de desenvolvimento alinhados com as realidades regionais.
No painel Systemic Investing and a Multicapital Approach to Finance Sustainable Businesses in the Amazon, que aconteceu na Social Innovation House, uma iniciativa do Catalyst Now em colaboração com a Amazon Investor Coalition, especialistas em finanças de impacto debateram os caminhos e desafios do financiamento para negócios sustentáveis na Amazônia.
O diálogo destacou mecanismos financeiros que levam em conta múltiplos valores — econômicos, sociais, ambientais, culturais e humanos — sob uma perspectiva sistêmica. Apesar de ser um conceito tratado amplamente, sua aplicação ainda exige um melhor alinhamento entre investidores, empreendedores, comunidades e formuladores de políticas públicas.
Participaram da mesa Maria Laura Florido (Impact Earth), Lucas Conrado (Estímulo Impact Fund), Bruno Girardi (Sitawi), Sarah Siqueira (Climate Ventures) e Maria Amália Souza (Fundo Casa Socioambiental), com mediação de Marcelo Cwerner, da Amazon Investor Coalition. As contribuições realçaram tanto o potencial quanto as dificuldades de apoiar iniciativas locais, muitas delas criadas por comunidades que combinam saberes tradicionais, organização produtiva e a defesa do território.
Um ponto constante foi a importância de conectar capital com propósito a longo prazo. Investimentos de impacto, guiados por uma visão sistêmica, podem fortalecer cadeias produtivas responsáveis, apoiar povos indígenas e comunidades locais, e expandir modelos que conciliem geração de renda com a preservação ambiental.
A Social Innovation House funcionou como um espaço de diálogo durante a COP30, reunindo diversos atores envolvidos em projetos para a Amazônia. A troca de experiências ampliou a compreensão sobre oportunidades, limitações e possíveis caminhos para avançar nessa área.
Belém se tornou um importante centro para discutir maneiras consistentes de financiar o futuro da região. A Amazônia apresenta desafios complexos, mas também abriga saberes e soluções locais. A questão é como fortalecer e expandir essas iniciativas, respeitando a diversidade e a dinâmica da floresta e de seus habitantes.


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