Centro-Oeste
Corpo de cabo ainda está no IML para identificação
O corpo da cabo Maria de Lourdes Freire Santos, de 25 anos, que foi assassinada e carbonizada pelo soldado Kelvin Barros da Silva, 21, permanece no Instituto de Medicina Legal (IML) para procedimentos de identificação.
O feminicídio ocorreu no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), em Brasília. Em seu depoimento à Polícia Civil (PCDF), Barros admitiu a autoria do crime, que teria acontecido após uma discussão entre ambos.
De acordo com o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Paulo Noritika, a liberação do corpo ainda é pendente devido a questões técnicas relacionadas à confirmação oficial da identidade para emissão do laudo.
Ele esclarece que o primeiro procedimento geralmente é o exame papiloscópico, que consiste na coleta das impressões digitais da vítima. No entanto, no caso da cabo, esse exame não foi possível.
“Ela [Maria] foi encontrada carbonizada e sem os membros superiores e inferiores”, explicou.
Por conta disso, o IML necessita oficializar a identificação por meio da coleta de material biológico. Para isso, é preciso que familiares forneçam amostras para exame de compatibilidade. Conforme o delegado, os parentes da cabo realizaram essa coleta recentemente.
A análise do material será conduzida, mas há uma pequena chance de que as amostras sejam insuficientes. Se isso acontecer, será necessário coletar mais material, aumentando o tempo para a liberação do corpo.
“Não há um prazo definido para a liberação do corpo dela, porém buscamos agilizar o processo ao máximo possível”, acrescentou o delegado.
Progresso nas investigações
Outro fator que pode prolongar a permanência do corpo no IML é a necessidade de realizar exames adicionais conforme novas testemunhas são ouvidas durante a investigação.
Na terça-feira (9), testemunhas presentes no quartel e próximas tanto de Maria quanto de Kelvin prestaram depoimento, trazendo informações relevantes ao caso.
“Agora vamos buscar verificar e comprovar as informações fornecidas para auxiliar na investigação”, afirmou Noritika. Além disso, o promotor do caso poderá solicitar novos exames.
Mais depoimentos estão agendados para quarta (10) e quinta-feira (11), conforme informou o delegado.


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