Economia
Correios lançam marketplace para vender celulares e camisas de time após prejuízo

Os Correios apresentaram uma nova plataforma de compras online chamada Mais Correios, logo após registrarem uma perda financeira de R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre do ano. A plataforma oferece mais de 500 mil produtos e conta com a logística nacional dos Correios para as entregas.
Segundo a estatal, todo o processo de compra, desde a compra até o rastreamento dos pedidos, é realizado dentro da plataforma.
Os Correios ressaltam que o Mais Correios integra os serviços físicos e digitais, permitindo que consumidores e lojistas tenham apoio em milhares de pontos de atendimento espalhados pelo país, como agências e lockers.
O frete, chamado de “Correios Mais Entregas”, promete entrega em até três dias úteis, podendo chegar a apenas um dia útil em grandes centros urbanos, embora as áreas específicas não tenham sido detalhadas.
A plataforma foi lançada nesta terça-feira e a partir de agosto micro e pequenos empresários poderão se cadastrar para vender produtos, contando com suporte técnico e parcerias com instituições como o Sebrae.
Prejuízos repetidos
O anúncio do marketplace ocorre um mês depois que a empresa divulgou um resultado financeiro negativo de R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre, mais que o dobro do prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior (R$ 801 milhões).
Esse é o pior resultado para os Correios neste período desde 2017. Nos últimos anos, a estatal enfrentou dificuldades financeiras e operacionais constantes e segue no vermelho desde 2022.
Fabiano Silva dos Santos, que lidera a estatal e tem ligações com o grupo de advogados Prerrogativas, próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta o desafio de reverter a situação.
Os Correios se tornaram uma fonte de preocupação para o governo devido à combinação de queda na receita, aumento dos prejuízos e concorrência acirrada no setor de entregas.
Na prática, essa situação tem gerado atrasos nos pagamentos a fornecedores, dificuldades na manutenção das agências e escassez de materiais de trabalho em alguns locais, conforme relatos de funcionários e terceirizados.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login