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Correios planejam virar empresa de economia mista para reestruturar negócios

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A administração dos Correios pretende contratar em 2026 uma consultoria especializada e um banco de investimento para encontrar soluções que tornem a estatal competitiva frente às grandes empresas internacionais no setor de logística e transporte, além de recuperar a lucratividade.

Essa iniciativa integra o plano de reestruturação dos Correios, sendo considerada a terceira fase após a quitação das dívidas em aberto, a redução de despesas com pessoal e operações, e o estabelecimento de parcerias para diversificar os serviços oferecidos.

De acordo com a direção da empresa, existem duas alternativas principais: transformar os Correios em uma sociedade de economia mista ou firmar parcerias amplas com o setor privado, incluindo instituições financeiras.

A conversão dos Correios em empresa de economia mista implicaria a abertura de capital para atrair investimento privado, mas mantendo o controle governamental, como exemplifica o Banco do Brasil.

Essa possibilidade foi mencionada pelo presidente Lula recentemente, que descartou a privatização da estatal.

— Enquanto eu for presidente, não haverá privatização. Podemos ter parcerias com empresas interessadas, como os italianos, podendo incluir economia mista, mas privatização não — afirmou Lula.

O presidente também destacou que delegou à ministra da Gestão, Esther Dweck, a missão de encontrar uma solução para a crise enfrentada pelos Correios.

— A Esther precisa entregar os Correios recuperados; não aceito prejuízos, pois o povo brasileiro não deve conviver com essa situação.

Segundo a direção, a contratação da consultoria visa identificar as reais oportunidades no mercado. O processo de abertura de capital geralmente leva cerca de dois anos para empresas financeiramente saudáveis, e para os Correios, a complexidade é ainda maior.

Os Correios são uma estatal plenamente dependente de sua própria capacidade de gerar receita, sem apoio direto do Tesouro Nacional. Entretanto, a empresa tem acumulado perdas consecutivas. Caso não haja intervenção, o déficit projetado para 2026 poderá alcançar R$ 23 bilhões.

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