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Costa-riquenha rejeita favoritismo para liderar ONU

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Rebeca Grynspan, líder de uma agência das Nações Unidas e candidata da Costa Rica para secretária-geral da ONU, defende que a escolha seja justa, sem privilégios para mulheres.

“Se tivermos um processo sem discriminação contra as mulheres e uma delas chegar ao cargo, mostraremos que homens e mulheres são iguais e que há esperança”, afirmou Grynspan em entrevista em Genebra.

O governo da Costa Rica anunciou recentemente seu apoio à líder da UNCTAD, afirmando que ela é “a mais qualificada”.

O atual secretário-geral, António Guterres, português, termina o mandato em 2026, e há um movimento por uma mulher na liderança da ONU pela primeira vez.

Além de Grynspan, outras possíveis candidatas incluem a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, a secretária mexicana do Meio Ambiente Alicia Bárcena, e a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

“Todas temos excelentes currículos e rejeitamos qualquer forma de discriminação, inclusive a positiva”, ressaltou Grynspan. “A eleição não deve ser decidida por discriminação”, acrescentou.

“A questão principal é saber por que ainda não houve uma mulher secretária-geral”, comentou ela.

Nomeada para liderar a UNCTAD em 2021, Grynspan, 69 anos, é a primeira mulher à frente da agência e deixará o cargo durante a campanha que começará em breve.

“Superar vários desafios na carreira me tornou forte e determinada”, disse, destacando que essas qualidades são importantes para liderar a ONU.

A poucos dias da conferência quadrienal da UNCTAD em Genebra, Grynspan acredita que este evento ocorre num momento decisivo para o comércio global e o multilateralismo.

“O sistema comercial mudou muito, com mais foco em políticas industriais e segurança”, afirmou.

Ela considera difícil voltar ao antigo modelo, mas questiona se as regras do comércio mundial continuarão instáveis.

Para Grynspan, é fundamental que Estados Unidos e China continuem conversando para evitar uma guerra comercial que prejudicaria todos, defendendo também maior proteção para países vulneráveis, que muitas vezes enfrentam tarifas americanas maiores do que as impostas a países desenvolvidos.

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