CPI das Universidades ouve alunos sobre trotes na medicina da PUC

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura violações de direitos humanos nas universidades de São Paulo ouve na Câmara de Vereadores de Campinas (SP), nesta segunda-feira (23), estudantes de medicina e professores da PUC-Campinas. Segundo a Casa, 23 foram convidados para apresentar relatos sobre trotes, festas e rotina acadêmica.

A sessão no Legislativo teve início por volta das 9h40, com alerta feito pelo professor Antônio Ribeiro de Almeida Jr, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), campus da USP em Piracicaba (SP). Ele estuda há 12 anos ocorrências de trotes em todo Brasil.

“A realidade é ruim. Há um grupo perverso na universidade”, falou o docente. Pelo menos 14 dos convidados já estavam na sessão às 10h40. Os trabalhos são acompanhados pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Pauloo (Alesp) e por parlamentares do município.

O primeiro depoimento foi realizado por uma professora de teologia que atua na medicina desde 2008. Ela admitiu ter presenciado agressões verbais e físicas entre estudantes da universidade e lembrou relatos de calouros que sofreram pressão psicológica e humilhações durante os trotes. “Vivi o desrespeito de alunos veteranos em minha sala de aula”, ressaltou.

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Parte dos alunos envolvidos em denúncias, segundo ela, já estavam nos últimos anos de graduação e faziam residência pelo Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, uma das principais unidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.

A previsão é de que a sessão ocorra até 16h30 no Legislativo. O ano letivo na universidade tem início nesta segunda-feira (23). As aulas na Unicamp voltam na quarta-feira (25).

O que diz a instituição
Procurada, a assessoria da PUC-Campinas não comentou sobre a CPI das Universidades até a publicação desta reportagem.

Fonte: G1