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CPI do INSS escuta advogado das primeiras denúncias de fraudes

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS realizará nesta segunda-feira o depoimento do advogado Eli Cohen, que fez as primeiras denúncias sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. A expectativa dos parlamentares é obter detalhes sobre como os documentos e provas foram obtidos, além de esclarecer a participação de empresas privadas no esquema fraudulento.
Também está previsto para esta semana o convite a um dos ex-ministros da Previdência, conforme disse o presidente da CPI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG). O nome ainda não foi confirmado, pois é necessário encontrar uma data adequada nas agendas dos ex-ministros. A prioridade é ouvir aqueles que estiveram na pasta mais recentemente, o que aumenta as chances de convocação de Carlos Lupi (PDT-RJ), que estava no cargo quando as fraudes foram detectadas.
O depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, está descartado por enquanto, embora já haja um requerimento aprovado para ouvi-lo. Segundo a comissão, ele será chamado apenas quando houver necessidade de aprofundar a investigação após ouvir ex-ministros, servidores da Controladoria Geral da União, Dataprev e do Ministério da Previdência.
Relatórios da Polícia Federal indicam que Antunes atuava como intermediário entre associações fraudulentas e servidores públicos, movimentando cerca de R$ 53 milhões originados de entidades sindicais e empresas. Esse valor é muito superior à sua renda oficial de R$ 24 mil mensais. Parte dos recursos teria sido usada para presentear dirigentes do INSS, incluindo a compra de um Porsche avaliado em R$ 500 mil, transferido para a esposa de um procurador do órgão.
Além disso, a CPI planeja se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para discutir requerimentos que pedem a quebra do sigilo de visitas e entradas de investigados no Congresso. Recentemente, pedidos de investigação sobre as visitas de Antunes a senadores não foram votados, devido à imunidade parlamentar que protege tais dados.
O senador Carlos Viana ressaltou a importância de obter esses dados para o andamento das investigações e pretende conversar com o presidente do Senado para ressaltar a necessidade dessas informações.

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