CPI vota quebra de sigilo de operador do INSS e sindicato ligado a irmão de Lula

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS decide nesta quinta-feira se autoriza a divulgação das informações sigilosas de alguns dos principais investigados. Entre os 406 pedidos em votação está a quebra do sigilo de Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”.

Careca é identificado como o intermediário principal que facilita as conexões entre associações fraudulentas e servidores públicos. Também são alvo da CPI o empresário Maurício Camisotti, o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi.

Dois pedidos à CPI solicitam ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) relatórios sobre as movimentações financeiras do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi). O sindicato tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Não há solicitação para revelar os dados pessoais de Frei Chico.

Também nesta quinta-feira, a CPI escutará o depoimento do ex-presidente do INSS e ex-ministro do Trabalho e Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), José Carlos de Oliveira, atualmente conhecido como Ahmed Mohamad Oliveira Andrade.

Na semana passada, a comissão indicou que espera ouvir o depoimento de Careca no dia 15, e o de Maurício Camisotti no dia 18.