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CPMI aprova prisão preventiva do presidente da Conafer

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) autorizou na quinta-feira (2) um pedido para a prisão preventiva de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).

Carlos Roberto testemunhou na terça-feira (30) perante a CPMI e chegou a ser detido por falso testemunho, mas foi liberado posteriormente.

O deputado relator Alfredo Gaspar (União-AL) apresentou o pedido de prisão preventiva, ou outras medidas cautelares, que será enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça.

Investigações indicam que a Conafer movimentou valores significativos a partir de descontos feitos em benefícios de aposentados ligados à entidade.

Alfredo Gaspar fundamenta o pedido citando informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que revelam diversas transferências de dinheiro para pessoas físicas e jurídicas associadas a Carlos Roberto. Isso sugere um esquema de lavagem de dinheiro.

Durante o depoimento, Carlos Roberto não conseguiu explicar a origem legal dos fundos movimentados nem a regularidade das transações feitas.

O relator destacou transfers superiores a 140 milhões de reais enviados pela Conafer a várias pessoas próximas a Cícero Marcelino, assessor de Carlos Roberto. As movimentações financeiras ultrapassam o perfil econômico declarado, e há indícios de que o assessor operava diretamente por meio de aplicativo móvel sob a supervisão de Carlos Roberto.

Alfredo Gaspar afirmou que as evidências são suficientes para justificar a prisão preventiva, mencionando o risco de fuga de Carlos Roberto e o perigo de continuidade das atividades ilícitas.

Segundo o relator, a extensão das operações da Conafer pode indicar a perpetuação de crimes relacionados a lavagem de dinheiro e organização criminosa, recomendando a prisão para evitar novos ilícitos.

Convocações

A CPMI também aprovou a convocação de ex-funcionários do INSS para esclarecimentos sobre fraudes em descontos de benefícios, incluindo o ex-procurador-geral da Procuradoria Federal Especializada no INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho.

Virgílio foi afastado após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, que investiga o esquema de descontos associativos não autorizados.

Além dele, sua esposa, Thaisa Hoffmann Jonasson, e a irmã, Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira, também foram convocadas, pois há suspeitas de que receberam recursos de empresas relacionadas às associações sob investigação. As datas dos depoimentos serão definidas.

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