CPMI do INSS acelera sessões e quer ouvir ex-ministro de Lula já na próxima semana

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai acelerar suas atividades e planeja realizar até três sessões semanais, conforme informado pelo presidente do grupo, senador Carlos Viana (Podemos-MG). O objetivo é avançar rapidamente devido ao grande volume de documentos para análise.

Já na próxima segunda-feira, dia 8, a comissão tem a intenção de ouvir o depoimento de Carlos Lupi, que foi ministro da Previdência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o período em que veio à tona a operação que desmantelou um esquema de descontos irregulares sobre benefícios dos aposentados.

A presença de Lupi ainda depende da sua confirmação. Caso os ministros não atendam às convocações da CPMI, como ponderado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), serão oficialmente convocados, o que implica em comparecimento obrigatório.

A comissão já manteve reuniões com investigadores da Polícia Federal, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) relator do caso, André Mendonça, e aprovou pedidos de informações a outros órgãos federais.

Na mesma segunda-feira, 1º, o presidente e o relator planejam votar um requerimento que solicita a prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, do empresário Maurício Camisotti e de outros envolvidos no esquema.

Senador Viana afirmou: “Já é tempo da Justiça agir para encarcerar os principais envolvidos”. Ele também explicou os próximos passos da CPMI.

Segundo ele, “os descontos ilegais relacionados a empréstimos consignados estão dentro do escopo da CPMI. Serão investigados bancos, cooperativas de crédito, financeiras e outros, e se surgirem provas, essas instituições também serão convocadas. Essa será a segunda etapa da comissão”.

“Avançaremos para o sistema financeiro e vamos ouvir todos os responsáveis”, concluiu.