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CPMI do INSS convoca familiares e sócios para depor em investigação

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As esposas de dois dos principais investigados por cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas dos benefícios previdenciários de milhões de aposentados e pensionistas serão convocadas a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.

Foram aprovados pedidos para chamar Tânia Carvalho dos Santos, esposa do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Cecília Montalvão Queiroz, esposa do empresário Maurício Camisotti.

Além disso, a convocação inclui o filho do “Careca do INSS”, Romeu Carvalho Antunes, e os empresários Rubens Oliveira Costa e Milton Salvador de Almeida Júnior, sócios do líder das investigações em empresas sob suspeita por movimentação de valores desviados.

Também foi aprovada a convocação do advogado Nelson Willians, proprietário de um grande escritório de advocacia que, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), movimentou cerca de R$ 4,3 bilhões em transações suspeitas entre 2019 e 2024, parte delas ligadas a Maurício Camisotti, com repasses de pelo menos R$ 15,5 milhões.

O advogado declara que sua relação com o empresário é estritamente profissional e lícita, esclarecendo que os valores transferidos correspondem à compra de um terreno próximo à sua casa, uma operação legal e facilmente comprovável.

Em caso de dificuldades para intimar os convocados, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou que a Polícia Legislativa do Senado seja acionada imediatamente em qualquer localidade do país.

A expectativa é de que alguns dos convocados prestem depoimento já nesta quinta-feira (18).

Antônio Carlos Camilo Antunes e Maurício Camisotti estão presos preventivamente desde sexta-feira (12), data em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Cambota para aprofundar as investigações sobre as fraudes relacionadas à cobrança das mensalidades associativas.

O “Careca do INSS” estava programado para depor na CPMI na segunda-feira (16), mas horas antes do compromisso seus advogados comunicaram que ele não compareceria, baseando-se em decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que no sábado (13) tornou opcional a participação dos investigados nas audiências.

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