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Economia

Cresceu o investimento social de empresas e instituições em 2024

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Empresas e instituições no Brasil aplicaram mais de R$ 6,2 bilhões em ações sociais no ano passado, indicando um crescimento de 19,4% em comparação a 2023. Este dado foi revelado pela pesquisa Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC) 2025, divulgada pela Comunitas, organização dedicada ao fortalecimento da gestão pública no país.

Patrícia Loyola, diretora de investimento social da Comunitas, comentou à Agência Brasil que 2024 foi quase o melhor ano da série histórica, exceto pelo período da pandemia, quando os recursos foram extraordinários para combater os impactos da covid-19.

O aumento do investimento social foi impulsionado principalmente pelos recursos próprios das entidades, que chegaram a R$ 4,79 bilhões, um avanço de 35%. Já os recursos incentivados somaram R$ 1,42 bilhão.

A Comunitas anunciou que o objetivo de publicar anualmente o levantamento BISC é fornecer uma visão estratégica do investimento social corporativo no Brasil, ajudando empresas, institutos e fundações a aprimorar seus planejamentos.

Segundo a diretora, dados concretos ajudam na tomada de decisões, permitindo que equipes sociais das organizações se conectem, comparem experiências e aprendam coletivamente, superando o isolamento e fortalecendo o impacto social.

As áreas que mais atraem os investidores sociais são educação, cultura e inclusão produtiva, com um crescimento notável na última, que visa qualificar profissionais e minimizar a falta de mão de obra especializada.

Em relação às ações de emergência, iniciativas para enfrentar mudanças climáticas ganharam destaque universal entre as empresas em 2024. Essas ações humanitárias tendem a evoluir para projetos mais estruturais, com foco em prevenção e adaptação a longo prazo.

Setores industriais e de serviços

Patrícia Loyola explicou que o setor industrial foca suas ações em múltiplas causas locais, como infraestrutura, saúde e segurança, enquanto o setor de serviços prioriza áreas como educação.

O investimento total está mais diversificado, pois o setor industrial tem crescido e equiparado o volume aplicado pelo setor de serviços, que predominava historicamente.

Os jovens continuam sendo o público prioritário do investimento social, pois o Brasil enfrenta uma escassez de talentos agravada pela desigualdade social. As empresas investem no social também para resolver desafios internos, destacando a importância da qualificação profissional e da inclusão digital.

O modelo de atuação das organizações avança no financiamento de projetos, destacando parcerias e co-investimentos como estratégias para ampliar o impacto, envolvendo redes de empresas e cadeias de valor.

Esta 18ª edição do BISC traz dados inéditos que contemplam o cenário do investimento social corporativo no Brasil, analisando informações de 337 unidades de negócios, 22 institutos e fundações, e explorando fontes de financiamento, setores econômicos e temáticas sociais com uma visão abrangente.

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