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Crise alimentar cresce na RDC por falta de apoio, alerta ONU

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Mais de 26 milhões de habitantes da República Democrática do Congo (RDC) enfrentam risco grave de falta de alimentos no começo de 2026, conforme informou a ONU nesta quinta-feira (30), em meio a uma redução significativa da ajuda internacional.

A região leste do país, rica em recursos naturais e vizinha a Ruanda, está envolvida em conflitos há 30 anos. Desde janeiro, a violência aumentou, com o grupo armado M23, apoiado por Kigali, assumindo o controle das cidades de Goma e Bukavu.

Esses confrontos resultaram em milhares de mortes e deslocaram milhões, agravando ainda mais a crise alimentar.

Segundo a FAO e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), cerca de 26,6 milhões de pessoas no país enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar ou condições piores no início de 2026.

Quase 4 milhões dessas pessoas estarão em situação de emergência alimentar, conforme o último relatório da Classificação Integrada da Segurança Alimentar (IPC), uma entidade vinculada à ONU.

As províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul, Ituri e Tanganica respondem por 75% das situações emergenciais descritas.

Ambas as agências internacionais ressaltaram o forte corte no financiamento humanitário. A FAO só conseguiu auxiliar 217 mil pessoas, de um planejamento inicial de 3,6 milhões até o final de agosto, por falta de recursos.

Cynthia Jones, diretora interina do PMA na RDC, alertou que sem financiamentos e ações imediatas, milhões de vidas estarão em grave risco.

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