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Economia

Crítica de Haddad: Déficit dos EUA não justifica tarifa desequilibrada

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quinta-feira (10) que o déficit comercial constante dos Estados Unidos com outras nações não pode ser usado como justificativa para medidas desequilibradas, como a tarifa de 50% aplicada na quarta-feira (9) contra itens brasileiros.

Segundo o ministro, a ação do presidente americano, Donald Trump, reflete mais interesses políticos de extrema direita, ligados à família Bolsonaro, do que uma decisão baseada em fundamentos econômicos, visto que o Brasil também apresenta déficit na troca de bens e serviços com a maior economia global.

Fernando Haddad comentou a jornalistas: “Na minha opinião, não creio que essa tarifa possa ser mantida. Não vejo qualquer fundamento para a sua permanência”.

Em relação às preocupações dos EUA sobre a aproximação do Brasil com a China, Haddad ressaltou que as relações do país sul-americano com os Estados Unidos e a Europa têm o mesmo peso que as mantidas com Pequim, destacando o posicionamento pragmático do Brasil, que não favorece nenhum bloco econômico e é grande demais para ser um mero apêndice.

O ministro também contestou a narrativa de que o Brasil possui um mercado fechado, afirmando que isso não justifica as medidas tarifárias de Trump, especialmente porque a taxa efetiva de importação dos EUA é de 2,7%, enquanto a do Brasil é de 5,2% considerando todas as importações.

Ele concluiu que essas justificativas não se sustentam com base em dados econômicos reais e enfatizou que a defesa brasileira do multilateralismo, atacado por Trump, não pode servir como desculpa para a imposição da tarifa elevada.

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