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Cunha diz ser alvo de gravação falsa, e PF abre inquérito para investigar

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O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse nesta terça-feira (20) que pediu ao Ministério da Justiça a instauração de um inquérito pela Polícia Federal para apurar a autoria da gravação de uma suposta conversa telefônica – uma montagem, segundo afirmou – cujo objetivo seria prejudicar a candidatura dele à presidência da Casa.

O peemedebista informou que recebeu a gravação no sábado (17), em seu escritório político, no Rio de Janeiro, de uma pessoa que teria se identificado como policial federal – ele não revelou o nome.

No fim da tarde, a PF divulgou nota informando que abriu o inquérito para apurar o caso e que realizará perícia no áudio apresentado pelo parlamentar. A nota informa que a denúncia encaminhada não atribui a autoria da gravação a qualquer membro da Polícia Federal.

No diálogo gravado, que Cunha apresentou a jornalistas nesta terça, um dos interlocutores dá a entender que seria aliado do deputado e a outra pessoa o estaria chantageando para não revelar informações que comprometeriam Cunha.

Nos três minutos e meio de gravação, uma pessoa – supostamente um policial – ameaça revelar nomes se não receber dinheiro em troca.

“O meu delegado já me chamou, já andou me sondando, e o negócio está ficando feio, inclusive, me disseram que o Ministério Público vai me chamar. Aí, se eu ficar abandonado, eu vou jogar m… no ventilador. Está todo mundo enchendo a burra de dinheiro e eu estou abandonado e duro, sem grana, só segurando a p…”, diz um dos interlocutores.

A outra pessoa, suposto aliado de Cunha – o que o deputado nega – pede que o interlocutor tenha “tranquilidade” porque ele será “remunerado” e “o dinheiro vai chegar” nas mãos dele.

“Não se preocupe com a questão financeira, tenha paciência. (…) Tenha tranquilidade que você vai ser remunerado, o dinheiro vai chegar em suas mãos”, responde. Em outro momento, afirma que ele não ficará abandonado: “A nossa equipe continua de pé e nós vamos honrar tudo o que falamos com você, você não ficar abandonado e sem dinheiro.”

‘Alopragem’
Para o deputado, a gravação é uma “grosseira falsificação”, que mostra uma “simulação teatral de diálogo”.

Cunha afirmou que é vítima de “alopragam” pela segunda vez. Na primeira, foi citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho em depoimento na Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Oliveira Filho disse que, a mando de Alberto Youssef, suposto chefe do esquema, entregou dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que pertenceria a Cunha – o que o deputado nega. Depois, Oliveira Filho retificou o depoimento, dizendo não ter certeza se a casa era de Cunha. O advogado de Youssef afirmou que o cliente dele não conhece Eduardo Cunha nem mandou entregar dinheiro a ele.

“Já fui vítima de uma alopragem e, agora, na segunda tentativa de alopragem, prefiro me antecipar antes que essa gravação se torne viral”, disse o deputado em referência à suposta citação ao seu nome na Operação Lava Jato.

De acordo com o líder peemedebista, a pessoa que entregou o áudio disse que a gravação seria incluída em um inquérito em curso, em que haveria autorização judicial para interceptação telefônica. A suposta farsa, ainda conforme esse portador anônimo, estaria sendo tramada pela cúpula da Polícia Federal.

Cunha afirmou que esse suposto policial identificou os nomes de pessoas que estariam por trás da gravação, mas que não iria revelá-las sem ter provas. “Ele disse que fazia parte da cúpula da PF quem estaria orquestrando isso”, afirmou.

A eleição para a presidência da Câmara está marcada para 1º de fevereiro. Além de Cunha, outros dois deputados são candidatos a presidente da Câmara: Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG).

Fonte: G1

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